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Sex, 15 de Setembro 2017 - 17:59

Caravana da Apeoesp chega a Bauru

Por: Portal JC - 14.09 - Tisa Moraes

 
Em busca de melhorias nas escolas públicas, movimento visitou quatro unidades de ensino da cidade nessa quarta (13) e realizou ato em frente à Câmara
 
Com um cronograma que pretende percorrer 94 cidades do Estado, a Caravana da Apeoesp pela melhoria da qualidade da educação pública e pela valorização dos professores chegou ontem em Bauru com o objetivo de mobilizar profissionais da área, pais e alunos das escolas estaduais. Depois de visitar quatro unidades de ensino da cidade, o movimento seguiu para o Centro da cidade, onde um ato foi realizado em frente à Câmara.
 
Em meio à programação, a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, esteve no espaço Café com Política do JC, quando explicou os motivos que levaram à realização da caravana, cujo percurso está sendo feito em ônibus próprio. "Nossa luta é para que possamos formar alunos mais bem preparados e, assim, uma sociedade mais desenvolvida. Por isso, a defesa da escola pública de qualidade precisa ser uma luta de todos", observa, antecipando que a entidade organiza pelo menos dois atos unificados neste mês, nos dias 15 e 27, na avenida Paulista, em São Paulo.
 
Maria Izabel defende a implementação de um novo modelo de educação pública, mais alinhado à realidade das novas gerações. Mas critica a reforma do Ensino Médio. "O primeiro problema é que ela foi imposta de maneira autoritária, sem nenhum debate com a comunidade educacional. O segundo é que, como é o Estado, e não o aluno, quem escolhe até duas áreas do conhecimento, não teremos mais uma unidade nacional curricular. E estamos debatendo a base nacional comum curricular, cuja proposta, entregue pelo MEC, também é fragmentada", pondera.
 
A presidente da Apeoesp também critica a ausência de recursos para a implantação do Plano Nacional de Educação, a Reforma da Previdência, além do fato de a categoria estar há três anos sem reajuste salarial e de o governo não garantir contrapartida equivalente aos 2% descontados da folha de pagamento do funcionalismo, com o objetivo de aprimorar o atendimento prestado pelo Iamspe.
 
PROFESSOR MEDIADOR
 
Maria Izabel explica que a entidade também repudia o decreto estadual que deve gerar o encerramento de contrato com 35 mil professores temporários para cumprimento da chamada duzentena. "É um contrassenso, porque faltam professores e os alunos ficam no pátio".
 
Para reforçar sua esperança de que a população se mobilize novamente pela educação, Maria Izabel cita o exemplo experimentado por professores, pais e alunos em 2015, quando conseguiram impedir o fechamento de unidades de ensino pelo projeto de reorganização escolar proposto. "Mas o fechamento de salas de aula, com a transferência de turmas a escolas em outros bairros, segue e não dá para aceitarmos passivamente", acrescenta.
 
Outra crítica é a retirada, por contenção de despesas neste ano, da figura do professor mediador dentro das unidades. "Já estamos vendo o aumento da violência nas escolas".
 
Pesquisa contratada pela Apeoesp em 2013 apontou que 44% dos 232 mil professores do Estado já sofreram algum tipo de violência e 5% foram fisicamente agredidos. "Estamos prestes a divulgar uma nova pesquisa e não tenha dúvidas: o número vai aumentar", sentencia Maria Izabel.
 
OUTRO LADO
 
Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado informou que nomeou, desde 2013, 57 mil professores efetivos, aproximando-se do que prevê o Plano Estadual da Educação quanto à valorização dos profissionais. Com esse avanço, ainda de acordo com a pasta, em 2015 houve mudança na contratação dos professores temporários, que passaram a permanecer fixos por três anos seguidos - antes, trabalhavam por um ano. "Depois disso, há o prazo de 180 dias até que ele possa firmar um novo contrato com o Estado. A alteração foi discutida, inclusive, com a Apeoesp. Lembrando que a função do temporário é substituir professores efetivos de cargo", acrescenta a nota.
 
A secretaria também sustenta que o projeto de reorganização foi extinto em 2015 e não existe fechamento de salas. "O que há, ao contrário disso, é a abertura de acordo com a demanda de matrículas", pontua.
 
Sobre os professores mediadores, a pasta esclarece que não há extinção do cargo e que eles continuam atuando em todo o Estado e, nas unidades em que há o Programa Escola da Família, a função é do vice-diretor. Em relação ao reajuste salarial, a pasta afirma que, além do salário superior ao piso nacional em 5% para a categoria, o pagamento de bônus aos servidores foi mantido em 2015, 2016 e 2017. "Desde 2011, 89 mil professores foram contratados e o pagamento de bônus chegou a 1,6 milhão de servidores atingidos e um investimento de R$ 3,9 bilhões", completa.
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