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Ter, 17 de Outubro 2017 - 18:05

Educadores de Mogi debatem o projeto de lei do uso do celular na sala de aula

Por: NATAN LIRA - O Diário - 17.10

 
Professores e alunos de Mogi encontram dificuldades na aplicação do projeto de lei aprovado na última semana na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que permite o uso do celular na sala de aula durante atividades pedagógicas e orientadas por educadores. Eles apontam para a falta de estrutura dos equipamentos, o pouco número de profissionais para auxiliar nestes casos e a própria consciência do estudante para manusear o aparelho apenas nos trabalhos pedagógicos.
 
Olavo Câmara é professor aposentado, ex-secretário municipal de Educação, mestre e doutor em Direito e Política. Para ele, a tecnologia representa um caminho sem volta e deve ser, sim, utilizada para auxiliar na educação, mas não existe cenário para isso neste momento. “Não há condição de tomar horas de uma aula com pesquisa na internet. Eu defendo este método em um regime integral de estudo. Assim teríamos espaço até para outros estudos, como informática, fanfarra e banda, prática de esportes, entre outros. Então, a tecnologia é necessária, mas ainda temos um caminho a percorrer e ele exige mudanças”, pontua.
 
A mesma ideia é defendida pela conselheira da Subsede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Mogi, Inês Paz. Para ela, isso é marketing dos governantes. “No dia a dia, a gente sofre com a falta do basicão, como materiais de trabalho e até de limpeza como papel higiênico e copo. Para esta medida, que eu considero importante para o futuro valer, deve-se pensar que nem todos os alunos têm um celular e as escolas, hoje, mal conseguem realizar o serviço administrativo com a internet disponibilizada a elas”, enfatiza.
 
Laisla Rayany Mello Lima, 17 anos, faz curso pré-vestibular na Fatec de Mogi e estuda no terceiro ano do Ensino Médio da Escola Enedina Gomes de Freitas. Com as duas experiências, ela acredita que liberar o uso do celular na sala de aula poderá dificultar a rotina do professor. “No cursinho, a internet é liberada e ninguém mexe no celular. Na escola, onde é proibido, eles utilizam. Então falta consciência dos alunos e isso vai ser difícil de mudar assim tão rápido, inclusive se eles souberem que é permitido, de alguma forma”, ressalta.
 
Maria Geny Borges Ávila Horle deixou a educação em 2012, quando era titular da Pasta de Educação de Mogi. À época, quando o aparelho não era tão acessível quanto nos dias atuais, ela já lidava com a reclamação dos professores. “Sabendo como é o dia a dia na sala de aula. Acho um pouco difícil isso dar certo sem um tipo de controle, mas vamos acreditar que este projeto passou por um estudo antes”, conclui.
 
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