Em 22 de março deste ano, Prefeitura e Apeoesp se reuniram para acertar o reajuste de 5,35% nos salários dos professores, além da promessa de novos encontros entre os dias 18 e 21 de agosto para análise de questões adicionais, como a Meta 17 e o retorno do cartão-cesta em 2018. No entanto, a reunião aconteceu somente na última terça, 31 de outubro. "De início, uma das reivindicações foi atendida de pronto: a reunião foi gravada e os presentes assinaram lista de presença. Dessa forma, acaba a questão dos boatos", destaca Jaqueline Camargo Bueno Francisco, coordenadora de Assuntos Municipais do sindicato.
Entre os presentes, destaque para os secretários municipais de Administração, Orlando Schneider Vianna, e de Negócios Jurídicos, Wanderley José Boni. O primeiro item da pauta foi a Meta 17. "Esta discussão faz parte dos estudos do Plano Municipal de Educação, que está sendo revisado. A Comissão Paritária sobre o assunto volta a se reunir em 2018", afirma Jaqueline, que faz um alerta. "Voltaram a dizer que o prazo é 2020. Está no prazo, mas colocamos nossa preocupação em deixar tudo para a última hora e nada ser feito".
O retorno do cartão-cesta é outro item que permanece inalterado. "Voltaremos a conversar no final do semestre para verificarmos a arrecadação do município", destaca a dirigente. "Mas há interesse da Administração em atender o solicitado". A questão do transporte para Docentes I, que receberia uma ajuda de custo, também não foi acertada e o atendimento emergencial continuará.
Novidades
Entre as novas reivindicações, também poucas novidades. A primeira delas trata o fim da separação de segmentos Fundamental e Infantil, que segundo o sindicato prejudica o professor, uma vez que o profissional acaba perdendo sua sede por não poder migrar de um segmento ao outro dentro da unidade escolar. "Haverá um estudo e pesquisa entre os professores no ano que vem, para analisarmos a opinião de toda a classe", destaca Jaqueline.
A revisão do Plano Municipal de Educação será discutida. "Os estudos estão sendo compilados, serão revistos e apresentados no Fórum de Educação, provavelmente em 2018. Ainda não há data definida", aponta a dirigente. "Segundo a Secretaria de Educação, o convite para participação nos estudos foi aberto aos professores. Todas as escolas receberam avisos sobre o assunto e quem quiser, pode participar".
O terceiro ponto da lista solicita a dispensa de professores que, na condição de pais, querem acompanhar a vida escolar dos filhos. "Fomos informados que a questão será debatida com os gestores, para buscarmos uma solução", aponta Jaqueline. A quarta reivindicação envolve a Promoção e Boletim de Merecimento e traz decisões mais concretas. "O Boletim será extinto. Esse é o último ano que será utilizado. A nova reestruturação criará novos instrumentos de avaliação", destaca.
"Quanto aos cursos de especialização, oferecidos aos gestores, solicitamos que seja estendido aos professores, utilizando o critério de um por escola. Administração disse que vai estudar o caso", lembra a dirigente. "Com relação às provas diferenciadas entre as funções, entra a questão do custo. Quanto mais provas diferenciadas, mais a empresa cobrará. A Administração afirma que analisará a viabilidade".
Com relação à quantidade de alunos por sala e a necessidade de acompanhante para aluno especial, nenhuma novidade. "A Secretaria de Educação afirmou que a média é de 30 alunos por sala na rede e que existe acompanhante para os alunos especiais. Deixamos claro que nem sempre isso acontece", reforça Jaqueline. "Foi acordado então que o professor que não tiver ajuda, tendo alunos especiais, deverá se dirigir ao gestor, que fará a solicitação para a Secretaria".
Por fim, a participação do sindicato nos estudos da nova Reestruturação é outra pendência. "Uma empresa está fazendo os estudos e assim que o mapeamento for encerrando, a promessa é que seremos chamados, antes da votação, para tomarmos conhecimento do que está sendo elaborado", revela Jaqueline.