Sex, 16 de Setembro 2016 - 15:21
Por: SILVIA CHIMELLO - O Diário de Mogi - 14.09
Trabalhadores de Mogi começam a se mobilizar contra as reformas anunciadas pelo presidente Michel Temer (PMDB) na Previdência Social e nas Leis Trabalhistas. Várias categorias profissionais organizam protestos e greve geral para o próximo dia 22 contra as mudanças sinalizadas. Eles avaliam as reformas como graves e um verdadeiro ataque aos direitos trabalhistas e sociais, bem como à organização sindical.
O Sindicato dos Professores da Rede Oficial de Ensino do Estado de São Paulo (Apeoesp) e outros ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocaram greve nacional para o próximo dia 22. A Federação e sindicatos que representam os metalúrgicos também preparam uma ação nacional em defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários e contra as reformas para o dia 29 deste mês.
A campanha dos professores vem sendo discutida desde o último dia 26, quando houve grande concentração de educadores para discutir problemas salariais, a mobilização e a participação em uma possível greve no dia 22, quando será realizada nova assembleia.
“Estamos conversando e preparando os professores de Mogi para construir essa greve. Já tivemos muitas perdas e não podemos aceitar a retirada do direito de aposentadoria pelo governo golpista”, disse a coordenadora da Apeoesp de Mogi, Vânia Pereira da Silva.
Metalúrgicos
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes também está se organizando para frear as possíveis mudanças sinalizadas por Temer. O diretor da entidade em Mogi, Silvio Bernardo, explica que a categoria está em “estado de greve”, esperando para ver se o governo levará adiante as propostas de reformas. “Por enquanto há muitas informações desencontradas, como no caso das leis trabalhistas. Vamos continuar mobilizados nas próximas semanas para aguardar e definir as estratégias a serem adotadas a partir de agora”, esclarece.
Bernardo explica que em Mogi, os sindicalistas iniciaram um trabalho de mobilização nas portas de fábricas para conversar e informar os metalúrgicos e buscar adesão à campanha unitária deflagrada pelos metalúrgicos contra as reformas, assinando a nota conjunta das entidades, divulgada após a reunião.
Entre as medidas anunciadas pelo governo está a ampliação do trabalho para 48 horas semanais, com teto de 12 horas diárias. Hoje, a carga diária é limitada a 8 horas. Há ainda, a ideia de criação de dois novos contratos de trabalho: por horas trabalhadas ou por produtividade, com jornadas inferiores a 44 horas semanais e salários proporcionais, além da terceirização do contrato.