Ter, 18 de Outubro 2016 - 19:32
Sem falar em plano de carreira, Alckmin autoriza convocação de 21 mil professores
Para APEOESP, salário de R$ 2.422 por jornada de 40 horas vai desestimular a permanência desses professores que serão contratados.
Por: Rede Brasil Atual - 14.10
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou hoje (14) decreto que autoriza convocação de 20,9 mil professores aprovados em concurso realizado em 2013. Em solenidade no Palácio dos Bandeirantes, que ele chamou de "homenagem justíssima" aos professores, diretores, alunos e demais servidores pelo destaque no Ideb 2015, quando os estudantes obtiveram médias que colocam o estado entre os primeiros colocados. A autorização será publicada na edição deste sábado (15) do Diário Oficial do Estado.
Para o total de 59 mil vagas abertas no certame, foram nomeados 38 mil docentes do ensino fundamental II e ensino médio em todo o estado. Com isso, o governo tucano deverá somar perto de 100 mil contratações desde 2011.
O cronograma para escolha das vagas será divulgado em novembro, após o processo de remoção. O critério de seleção será o desempenho dos candidatos e a classificação final dos participantes.
Para a presidenta do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, a contratação é bem vinda e traz alívio para a categoria. Não entanto, uma das principais questões – a salarial – não está sendo contemplada com a medida.
"Atende às nossas reivindicações mas não toca no assunto do reajuste. Acumulamos perda de 16,6% desde agosto de 2014. Não avançamos nada desde então. Em 2015, tivemos a greve mais longa, da qual saímos sem nada", diz.
De acordo com a dirigente, o salário de R$ 2.422 por uma jornada de 40 horas semanais pode desestimular a permanência dos professores que serão contratados. "Um salário desses, no estado mais rico da federação, não vai segurá-los por muito tempo."
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