O trecho da exibição do filme, registrado por aluno durante aula na última quinta-feira, 25, mostra cena de tortura sofrida por personagens na época da ditadura. Após circular nas redes sociais, a exibição do documentário virou alvo de críticas por internautas.
"O professor, no final, mandou um 'recado' e deu a entender sua real intenção: instigar os alunos de 16 anos ou mais (os que já votam) a não votarem em candidato que apoia tortura. Fazendo uma crítica direta ao Bolsonaro", escreveu mãe de alunos da escola em Facebook.
"Através de vários grupos de WhatsApp tomei conhecimento sobre a doutrinação marxista que o colégio Santa Cecília tem feito com seus alunos", escreveu outra internauta, compartilhando o trecho gravado.
Lorena Cavalcante, mãe de aluno do 2º ano, conta que tomou conhecimento da gravação pelo WhatsApp e disse que não concorda com as críticas. "A princípio, não entendi o que estava acontecendo e fui perguntar no grupo de mães que participo. Fiquei triste em ver que a opinião do próximo não é respeitada. O que falta nesse mundo é amor", lamenta.
Ao questionar o filho sobre acontecido, ela relata que ele resumiu o caso como "grande injustiça". "Ele exibe esse documentário há cinco anos, é um assunto que faz parte da disciplina de História", explica. "Não há nada a reclamar do colégio e principalmente dos professores", completa.
O filho de Lorena foi um dos alunos que participaram da homenagem organizada na manhã da última segunda-feira. Estudantes do ensino médio se reuniram para receber o professor com aplausos e cartazes de apoio. O Colégio Santa Cecília explica que o momento foi organizado exclusivamente pelos estudantes. A reportagem entrou em contato com o professor, mas ainda não obteve resposta.