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Qui, 31 de Janeiro 2019 - 11:46

APEOESP quer que João Dória abra concurso

Por: Diário do Litoral

Cerca de 8,5 mil professores estão sob respaldo da quarentena. O Estado ainda precisaria contratar mais 30 mil para minimizar o déficit

A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual eleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, disse que o Estado se encontra com um déficit de 50 mil professores e que um concurso se faz urgente para suprir a demanda.

“Os professores sem concurso estão sendo contratados de forma precária, sem vínculos e diversos direitos, por quarentena (tem que ficar 40 dias afastado para depois ser recontratado). A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou esse sistema, mas o Tribunal de Justiça (TJ) definiu que as contratações têm que ser via concurso, mas que leva no mínimo oito meses para que o certame se realize. Por isso, a quarentena é mantida até que o concurso se já realizado”, afirma a presidente, ao lado da vereadora Telma de Souza (PT) e da diretora Sonia Maciel.

Segundo a dirigente, cerca de 8,5 mil professores estão sob respaldo da quarentena. O Estado ainda precisaria contratar mais 30 mil para minimizar o déficit que ultrapassa 50 mil. “Há professores em cargos de direção que estão tendo que dar aula para suprir o déficit. Temos um concurso realizado em 2013 que venceu ano passado, para 59 mil vagas e só 44 mil tomaram posse. Estamos viabilizando um acordo com o Governo, via TJ, que permita o chamamento dos 15 mil para minimizar a situação, até o novo concurso. Estamos aguardando uma resposta do Governo”, afirma.

Bebel afirma que os professores de São Paulo ainda recebem abaixo do piso salarial nacional (R$ 2.557,00), quando já chegaram a receber 59% acima (R$ 3.835,00). “Temos um plano estadual de educação aprovado desde 2016, após discussão com 55 entidades, aprovado pelo governador Geraldo Alckmin, que ainda não foi aplicado. Tem professor dando aula para mil alunos, com salas de até 44 estudantes, quando o certo seria entre 25 e 30 alunos”, afirma, salientando que o ideal é que numa jornada de 40 horas/aula, 14 teriam que ser dedicadas à formação continuada dos docentes. “Os professores estão lendo resenhas. Todos os professores, mesmo da área de exatas, precisam ler”, finaliza.

A dirigente finaliza que se o governador João Dória resolver retirar mais 3% do salário dos professores e manter os ganhos abaixo do piso nacional, enfrentará greve. “Nenhum governador foi bonzinho conosco. Apanhamos do Mário Covas, do José Serra e do Geraldo Alckmin. Não gostamos de greve pela greve, mas vamos à luta”.

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