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Qua, 19 de Fevereiro 2020 - 16:47

São Paulo ainda tem cinco escolas públicas sem aula após chuvas da semana passada

Quatro colégios são na capital e um de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo

Por: Bruna Vieira, SP1

 
 
Oito dias depois das fortes chuvas que caíram em São Paulo na segunda-feira (10), pelo menos cinco escolas da Grande São Paulo continuam sem aula nesta terça-feira (18), devido a problemas causados pelas inundações. Duas escolas são municipais e três pertencem ao governo do Estado de São Paulo.
 
Entre as três escolas estaduais afetadas está a E.E. Professor Pasquale Peccicacci, na Freguesia do Ó, Zona Norte da capital paulista. O colégio teve problemas de estrutura do prédio e o muro nos fundos da unidade está todo rachado devido aos temporais.
 
Em 2020, a escola teve apenas uma semana de aula. O prédio foi interditado depois das fortes chuvas da semana passada, mas os pais de alunos reclamam que a situação ruim da escola vem de antes da chuva do último dia 10 de fevereiro.
 
"O problema dessa escola não é só o muro. A escola inteira está degradada. Parede que está mofada, teto com goteira. No dia de chuva pinga dentro da sala de aula. Eles tiveram as férias de fim de ano e de junho, julho do ano passado, mas não fizeram nada", diz Patrícia Soares, recepcionista e mãe de um dos alunos.
 
Depois de uma semana sem aulas, a direção da E.E. Professor Pasquale Peccicacci disse que os alunos serão transferidos para outro colégio no bairro, a E.E. Augusto Ribeiro de Carvalho, que fica a cerca de um quilômetro da escola interditada. A mudança, contudo, não agradou aos pais, que alegam que o novo colégio tem o mesmo histórico de problemas estruturais, como goteiras em dias de chuva.
 
Segundo os pais, a E.E. Augusto Ribeiro de Carvalho é uma escola para adolescentes, e os alunos do colégio interditado ainda estão nos primeiros anos do ensino fundamental.
 
Outra escola com problema é a EMEF Dilermando Dias dos Santos, na Vila Leopoldina, na Zona Oeste da cidade. O colégio também foi fechado depois das chuvas e os pais gravaram a situação dentro da escola, que tem rachadura nos muros e vigas de sustentação tortas.
 
A EMEF Dilermando Dias dos Santos está há uma semana fechada e até agora os pais não sabem o destino dos alunos e nem foram informados sobre uma possível reforma no prédio.
 
"A escola está sem aula, vai ter que passar por uma reforma. Vamos ver o que vão decidir. Aonde vão colocar as crianças da escola? Eles vão dar o transporte gratuito", pergunta Talita Aparecida Chrysoftomo, mãe de uma das alunas.
 
Escolas ainda sem aula em São Paulo:
 
EMEF Dilermando Dias dos Santos, na Vila Leopoldina, na Zona Oeste
CEI Parque Cruzeiro do Sul, Zona Leste
E.E. Professor Pasquale Peccicacci, na Freguesia do Ó, na Zona Norte
E.E. Marina Cerqueira César, na Vila Romana, Zona Oeste
E.E. José Barbosa de Carvalho, em Itaquequecetuba, na Grande São Paulo
 
Posição da prefeitura
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os alunos da EMEF Dilermando Dias dos Santos serão transferidos para outras escolas e que uma reunião na noite desta terça-feira(18) deve informar os pais onde serão as novas unidades. A secretaria diz que vai tentar transferir as crianças para mais perto possível do colégio interditado.
 
A secretaria também informou que o Centro de Educação Infantil (CEI) Parque Cruzeiro do Sul teve danos estruturais no prédio e uma obra emergencial foi contratada para reparos, com o prazo final de entrega de seis meses. Os alunos, segundo a secretaria, serão transferidos para a CEI Flor do Amanhã, no mesmo bairro.
 
Posição do estado de SP
 
O governo do Estado de São Paulo, por sua vez, declarou que 48 escolas na Grande São Paulo foram afetadas pelas chuvas e três delas continuam sem aulas. Além da E.E. Professor Pasquale Peccicacci, também a E.E. Marina Cerqueira César, na Vila Romana, Zona Oeste de Sâo Paulo, e a E.E. José Barbosa de Carvalho, em Itaquequecetuba, na Grande São Paulo.
 
Segundo o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Leandro Damy, a escola E.E. Professor Pasquale Peccicacci, na Freguesia do Ó, mostrada na reportagem, tem problemas de calha e o órgão já determinou a limpeza.
 
"Até o momento nós não tínhamos nenhuma reclamação aqui na FDE, quer da direção da escola, quer da comunidade no entorno sobre problemas estruturais. Então, nós constatamos esse problema no muro e enviamos um técnico especialista na sondagem de solo, que vai nos indicar se é o caso de apenas reparar aquele muro de contenção ou a necessidade de uma obra para garantir a estabilidade daquele taluge. Isso tudo já está sendo processo e, por cautela, optou-se por interditar a escola. Mas, na verdade, o prédio em si, não apresenta nenhum problema estrutural", declarou Leandro Damy.
 
Fortes chuvas causam alagamento na pista da Marginal Tietê, na altura da Ponte das Bandeiras, na manhã desta segunda-feira, 10. Uma forte chuva atingiu a Grande São Paulo no início da manhã desta segunda-feira, 10. O rodízio municipal de veículos está suspenso para carros e caminhões. — Foto: Hélvio Romero/Estadão ConteúdoFortes chuvas causam alagamento na pista da Marginal Tietê, na altura da Ponte das Bandeiras, na manhã desta segunda-feira, 10. Uma forte chuva atingiu a Grande São Paulo no início da manhã desta segunda-feira, 10. O rodízio municipal de veículos está suspenso para carros e caminhões. — Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo
 
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