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Sex, 20 de Março 2015 - 20:30

Manipular números e pressionar os professores não vai solucionar a nossa greve

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Os professores estaduais de São Paulo deram nas ruas uma resposta firme às afirmações do Governador Geraldo Alckmin, de que a greve deflagrada no dia 13 de março não se realizaria.

Nesta sexta-feira, 20 de março, mais de quarenta mil professores, após deliberarem pela continuidade da greve, tomaram a Avenida Paulista e seguiram pela Rua da Consolação para encerrar o dia com um ato público em defesa da escola pública e pela valorização do magistério em frente à Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República.

Ao contrário do que afirmou o Governador, a greve não apenas está acontecendo, como se fortalece a cada dia. Nesta sexta-feira, as informações coletadas em todas as regiões apontaram para uma paralisação total de 135 mil professores, o que corresponde a 59% da categoria.

Ora, as imagens são claras e demonstram que esses milhares de professores já se encontravam no Vão Livre do MASP, onde se realizou a assembleia estadual da APEOESP, desde as 14 horas. Não procede, portanto, a afirmação de alguns órgãos de comunicação, de que a manifestação da nossa categoria teria sido engrossada por participantes de outro ato, relativo ao dia mundial da água.

Também é absolutamente ridícula a estimativa da Polícia Militar, divulgada pela mídia, de que teríamos tido uma presença inicial de apenas 500 pessoas no MASP, chegando a 1.500 na caminhada. Cremos, aliás, que após as manifestações ocorridas nos dias 13 e 15 de março, na Avenida Paulista, a credibilidade das avaliações realizadas pelo comando da PM foi posta em cheque, por estarem contaminadas pelos interesses do Governo Estadual. No dia 13 a PM rebaixou o número de participantes, enquanto no dia 15 inflou para mais de um milhão de pessoas a sua estimativa, sendo desmentida pelo Instituto Datafolha, que estimou os participantes em pouco mais de 210 mil.

Registre-se, também, que somente o Conselho de Representantes da APEOESP, que se reuniu na parte da manhã, possui um número de membros superior ao divulgado.

Esclarecemos ainda, sobre que foi divulgado pelo portal UOL, de que a APEOESP teria avaliado a participação na assembleia em 5 mil professores, que jamais demos esta declaração.

Por outro lado, a Secretaria Estadual da Educação declarou à imprensa que a greve teria atingido apenas 4% dos professores. Contraditoriamente, manifesta preocupação em garantir o direito dos alunos às aulas. Ora, uma paralisação de apenas 4% numa categoria com mais de  230 mil professores não deveria causar tanta preocupação, sobretudo porque, contrariando a Constituição Federal e a decisão do Supremo Tribunal Federal – que garantem o direito de greve – a SEE vem convocando profissionais não qualificados para substituírem professores em greve.

De nossa parte, continuaremos encaminhando as decisões democraticamente tomadas pelos professores nas grandes assembleias que temos realizado e esperamos que o Governo Estadual aja de forma responsável, abrindo imediatamente as negociações, para que os alunos possam em breve retornar às aulas nas escolas estaduais.

Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP

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