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Ter, 29 de Setembro 2015 - 19:01

Pais e estudantes destacam preocupação com mudanças

Por: Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC


Estudantes e pais de alunos da rede de ensino público do Estado na região já demonstram preocupação com a reorganização anunciada pela secretaria estadual na última semana para o próximo ano. A medida prevê a distribuição dos discentes nas escolas de acordo com os três ciclos de aprendizado: 1º ao 5º ano, 6º ao 9º ano e Ensino Médio.

Entre as principais reclamações ouvidas pela equipe do Diário estão a dúvida sobre a futura escola, o que traz receio de estudar em unidade considerada inferior, divisão de irmãos entre instituições diferentes, causando transtorno para pais e familiares, e a possibilidade de alunos terem de mudar de escola diversas vezes ao longo da vida escolar, considerado ruim pelos pais por não permitir a criação de vínculo entre família e escola.

“Para pais que têm filhos em ciclos diferentes vai ser péssimo. Esse será o meu caso daqui dois anos, quando minha filha mais nova for para o 6º ano e a do meio estiver no Ensino Médio”, explica a dona de casa Vanessa de Melo, 33 anos. A moradora de Santo André lamenta ainda o fato de ter de trocar de escola a cada ciclo. “É ruim para a adaptação.”

Para a dona de casa Adriana da Silva, 43, o ideal seria que os pais tivessem o direito de escolher para qual escola os filhos vão. “Acredito que a mudança seja válida, se for para o bem da maioria, mas ficaria chateada se minhas filhas forem transferidas para uma escola em que eu não acompanhe o trabalho da direção e não confie”, destaca.

O comerciante Antônio Santana, 51, considera a adequação válida. “Acho importante separar as crianças dos jovens, porque têm hábitos diferentes e os mais velhos acabam influenciando os mais novos”, acredita.

A aluna do 1º ano do Ensino Médio Larissa Gomes, 15, considera que, caso haja mudança de escola para unidade mais próxima de casa, ela será punida. “Meus pais escolheram me matricular aqui (EE Dr. Celso Gama, na Vila Assunção, em Santo André) porque tem qualidade. A unidade perto de casa, na Vila Palmares, não é boa”, reclama. O jovem Arthur Salemme, 16, do 2º ano do Ensino Médio, concorda. “A gente já está acostumado com os colegas e professores e, de repente, muda tudo em uma fase difícil para nós”, ressalta.

A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) se posicionou contra a medida por considerar prejudicial aos alunos e docentes. As principais preocupações são com a possibilidade de demissão de professores e facilitação do processo de municipalização do ensino.

VIDEOCONFERÊNCIA

Funcionários das escolas estaduais de São Paulo participam hoje, às 14h, de videoconferência com o secretário da Educação Herman Voorwald. A reunião tem como objetivo apresentar a reorganização da rede e reforçar a necessidade de pais realizarem recadastramento dos filhos no endereço eletrônico:

www.atualizeseusdados.educacao.sp.gov.br.

O procedimento permitirá o georeferenciamento por parte da diretoria de ensino para que cada aluno estude próximo de casa.

O Estado defende que a mudança irá colaborar com a melhoria da qualidade do ensino, tendo em vista a limitação do número de alunos por sala e fixação de professores em uma única escola. As readequações serão apresentadas à comunidade em reunião no dia 14 de novembro.

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