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Seg, 08 de Dezembro 2014 - 16:24

Falta de segurança mas escolas públicas de Ribeirão Pires é real, segundo Apeoesp

Coordenador do sindicato, Professor Teté, afirma que cidade reflete dados do país, onde 89% dos brasileiros consideram as escolas violentas

A partir da repercursão da matéria publicada pela Folha acerca da agressão a professoras em escolas de Ribeirão Pires, a Folha entrou em contato com a Apeoesp - Sindicato dos Professores -, que confirmou que casos de violência nas escolas realmente vêm acontecendo com frequência.

Na matéria publicada, nenhuma das vítimas falou com a  reportagem, já que os dados foram obtidos através dos boletins de ocorrência, porém, ainda assim, foram acuadas pela coordenação das escolas.
 
O coordenador da Apeoesp de Ribeirão Pires, José Carlos Gomes, conhecido como Professor Teté,
apontou que o principal fator que leva a essa falta de segurança nas escolas públicas está no desgaste da autoridade dos professores, já que são culpados pelo Governo como justificativa por muitos dos resultados ruins de alunos em diversos locais.
 
“A desvalorização do professor feita pelo Governo é um dos principais fatores que leva à violência. Em muitas situações são culpados pelo desempenho de alunos, que na verdade só refletem a falta de recursos dentro das escolas”, afirma o coordenador.
 
Segundo uma pesquisa realizada pela Apeoesp no ano de 2014, a falta de segurança nas escolas ocupa a primeira colocação entre os principais problemas da rede estadual de ensino de São Paulo. 
 
A pesquisa revelou ainda que 57% dos professores e 70% dos alunos consideram sua própria escola violenta e ainda 44% dos professores afirmaram já terem sido vítimas de violência dentro da escola.
 
Já a CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - realizou uma pesquisa com três mil pessoas, nas cinco regiões do país.
 
Dentre os principais casos de violência foram apontados casos de agressão física, vandalismo, discriminação, assalto a mão armada, violência sexual e assassinato dentro das instituições de ensino. Nessa situação, atingindo território nacional, 89% dos entrevistados consideram as escolas brasileiras violentas e 98% defendem que os professores devem ser mais valorizados.
 
O assunto é um dos principais motivos para afastamentos de professores da rede pública. A depressão e o medo de ameaças são os principais culpados.
 
“Ribeirão Pires reflete o resultado do país. As pessoas acreditam que as escolas são e vêm se tornando mais violentas”, afirma Neusa Nakano, Conselheira Estadual da Apeoesp.
 
Ambos ainda ressaltaram que os problemas de violência são acentuados pelas más condições de trabalho oferecidas aos professores, cujos salários são baixos, a jornada é grande e falta tempo para o preparo de aulas.
 
Pesquisa da Apeoesp apontou os principais problemas da educação em SP
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