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Seg, 02 de Outubro 2017 - 17:20

Furtos em escolas de Mogi preocupam professores e a Apeoesp

Por: Natan Lira - O Diário - 27.09

 
Os recentes casos de roubos a escolas da rede estadual em Mogi das Cruzes preocupam a Oposição Alternativa Independente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A falta dos equipamentos subtraídos ou até mesmo a demora na reposição, segundo o grupo, afeta a programação pedagógica dos estudantes. A ausência de medidas do poder público a fim de evitar futuros acontecimentos, já que os últimos casos aconteceram de forma similar – durante a madrugada os criminosos chegaram, invadiram os prédios e levaram os aparelhos – também é criticada. Foi assim, segundo os reclamantes, em pelo menos cinco unidades apenas este ano, sendo a última a Escola Estadual Américo Sugai, no bairro de Pindorama, na madrugada desta terça-feira (26).
 
Álvaro Augusto Dias é professor de Filosofia na E.E. Santos Dumont. Em sete meses, a unidade sofreu duas vezes com ações de criminosos, a última em fevereiro. “Na época, um caminhão entrou aqui e levou todos os nossos aparelhos eletrônicos. Até agora, o Estado mandou apenas os computadores da diretoria. Aí a gente fica de mãos atadas e não consegue oferecer uma aula diferente de lousa e giz”, enfatiza Dias.
 
O professor acredita que estes acontecimentos refletem a crise vivenciada no País, tanto na segurança pública, mas também com o corte de verba para o setor. “Além disso, e o mais agravante, é que esta falta de estrutura cria no aluno um descrédito da educação como transformadora. Fora a comunidade que passa a enxergar a gente como inimigos dela, mas somos todos vítimas”, contou.
 
Apesar de serem de chapas opostas, a conselheira da Apeoesp, Inês Paz, analisa os casos da mesma forma que Dias. “A educação sofre um sucateamento constante e claro que isso reflete em todas as áreas. O problema é que mesmo diante deste cenário, a gente não tem nenhuma proteção e retorno de uma política mais ostensiva que evite mais assaltos”, diz a professora.
 
De acordo com Inês, na Escola Tadao Sakai, uma das vítimas de assalto, os materiais furtados também não foram repostos. “Conversei com os professores de lá e o Estado fez uma reposição emergencial apenas na diretoria”, contou.
 
A Diretoria Regional de Ensino de Mogi das Cruzes informa que mantém parceria com a Ronda Escolar, da Polícia Militar. Quando há furtos e roubos, o levantamento de itens subtraídos é feito imediatamente para que reposição dos mesmos seja providenciada o mais rápido possível.
 
O Diário perguntou à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) o número de furtos a escolas em Mogi e quais alternativas serão adotadas para inibir esta prática, mas não recebeu retorno até o fechamento desta matéria.
 
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