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Qua, 18 de Setembro 2013 - 14:11

Polícia investiga suposta agressão a menino que quebrou braço em escola

Aluno de 11 anos de Barretos terá que passar por cirurgia após lesões. Diretoria Regional de Ensino e Conselho Tutelar acompanham o caso.

A Polícia Civil investiga uma suposta agressão a um estudante de 11 anos que teve o braço quebrado dentro de uma escola estadual em Barretos (SP) na última sexta-feira (13). Segundo a mãe da vítima, o menino teria sido agredido por três colegas de classe durante uma aula de educação física. O adolescente está internado na Santa Casa de Barretos e deve passar por cirurgia nesta quarta-feira (18). O caso é acompanhado pelo Conselho Tutelar. A Diretoria Regional de Ensino, que também investiga o fato, informa que é prematuro tirar conclusões.

De acordo com a mãe do estudante, Lidiane Ferreira, a agressão ocorreu no início da aula de educação física. A dona de casa conta que foi informada do incidente através de um telefonema da escola. "Fui para a escola imediatamente. Chegando lá, meu filho estava estirado no chão da quadra, chorando, totalmente desorientado. Perguntei à professora o que tinha acontecido e ela disse que eles estavam brincando, se pegando. Outras crianças gritaram ao fundo que ele estava apanhando de três amiguinhos", afirma.

O estudante foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado até a Santa Casa, onde foi constatada a fratura no braço e confirmada a cirurgia para esta quarta. "Vai ter que colocar um pino ou um cordão. Conversei com o ortopedista e ele disse que provavelmente será colocado um pino", diz.

Indignada com a situação, a mãe resolveu dar queixa sobre a suposta agressão na Polícia Civil. "Meu filho não consegue dormir, porque está em pânico. Eu falo em voltar para a escola e ele chora. Como mãe, não vou deixar barato. Ele já havia falado que tinha alguns ocorridos. Infelizmente me cobro por não ter apurado todos os fatos, de todas as vezes que ele reclamou", afirma.

O caso foi registrado na Polícia Civil como lesão corporal de autoria desconhecida. De acordo com a delegada Gláucia Régia Martins, em depoimento o menino não definiu a idade dos colegas que o teriam agredido. "A vítima tem 11 anos e, segundo ele, são os amiguinhos da própria sala. Vamos verificar a idade. Constatando que os agressores sejam maiores de 12 anos, vamos compromissar os responsáveis legais e encaminhar para o promotor. Se forem menores de 12 anos, vamos mandar um ofício comunicando o fato ao juiz da Infância e Juventude, bem como ao Conselho Tutelar", explica.

Conselho Tutelar

O conselheiro tutelar Anderson Roberto de Jesus informou ter ouvido tanto o estudante quanto a direção da escola sobre o ocorrido. Um relatório sobre o caso foi elaborado e será encaminhado ao promotor da Infância e Juventude do município. De acordo com Jesus, é provável que o incidente seja um caso de agressão.

"A criança disse que apanhou de três colegas de classe. A professora estava de costas. Ele relatou que passaram uma rasteira nele e o agrediram de outras formas. Fui à escola para ouvir os dois lados. Pedi a explicação da escola. Na conversa, eles tentaram passar para a gente que foi até uma brincadeira, mas brincadeira em que ocorre rasteira é agressão", afirma. Jesus diz ainda que pediu à escola um relatório com a identificação das crianças envolvidas e que ouvirá os responsáveis por elas no Conselho Tutelar.

Julgamento prematuro

Na tarde desta terça-feira (17), a dirigente regional de ensino Solange de Oliveira Bellini esteve na escola e conversou com professores, funcionários e com a direção. Segundo ela, a versão dos fatos dada pelos profissionais foi diferente. "Os alunos estavam descendo para a aula de educação física, onde eles brincam de pega-pega, que é uma brincadeira natural da idade deles. O menino caiu e os colegas chamaram a direção. Foi quando eles tomaram todas as medidas possíveis", diz.

Solange diz ainda que a direção da escola ficou surpresa com o questionamento da mãe do aluno sobre a suposta agressão. "É muito prematuro fazer um julgamento tratando-se de crianças de 11 anos. Vamos fazer a apuração e se houver algum elemento diferencial aplicaremos as penalidades possíveis, tanto aos alunos quanto aos profissionais", conclui.

Do G1 Ribeirão e Franca

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