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Qui, 06 de Agosto 2015 - 19:53

Professora relata ameaça de aluno: "Disse que acertaria as contas comigo"

Promotor da Infância e Juventude deverá pedir internação dos jovens- G1 - 05/08/2015

Uma professora de São José do Rio Preto (SP) registrou boletim de ocorrência nesta terça-feira (4) depois de ser ameaçada por quatro alunos dentro da sala de aula, numa escola estadual no bairro Vila Diniz. Segundo a professora, um deles gesticulou uma arma durante a ameaça e ela chamou a polícia.

A professora, que não quis se identificar, trabalha na rede pública há 17 anos e está assustada. “Estava saindo de uma sala para outra e vinha um grupo de alunos, que não eram meus alunos, tentaram invadir a sala e eu impedi. Eles me xingaram, com palavrões horríveis. Me enfrentaram, me confrontaram e só não me agrediram porque estava chegando outro professor. Quando fui falar com a diretora, fui ameaçada por um dos meninos, que fez um gesto como se tivesse uma arma em punho, falando que acertaria as contas comigo”, diz a professora.

Dos quatro adolescentes, com idade entre 14 e 16 anos, três já foram identificados. Segundo o promotor da infância e juventude de Rio Preto, eles já tinham boletins de ocorrência por mau comportamento e vai pedir a internação dos menores por conta do último registro. Segundo ele, essa atitude pode ser considerada ato infracional e eles podem representar risco em sala de aula.

A Secretaria Estadual de Educação disse que a direção da escola Oscar Salgado Bueno chamou imediatamente os responsáveis pelos alunos e todos foram suspensos das aulas por um dia. Um professor mediador foi nomeado para acompanhar o caso.

A coordenadora regional da Associação de Professores do Estado (Apeoesp), Alaíde Nicoleti Pinheiro, confirma que as ocorrências são comuns e que recebe reclamações dos professores todos os dias. “A violência faz parte do cotidiano do professor, ele é agredido se não fisicamente, verbalmente. A família está ausente, a escola é um depósito de estudantes. O pai não leva o filho para escola, ele despeja o filho na escola”, reclama Alaíde.

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