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Seg, 30 de Julho 2018 - 16:36

Desativação de escola no Iporanga desagrada os moradores do bairro

Por: Jornal Cruzeiro do Sul - 29.07 - Carlos Araújo - carlos.araujo@jornalcruzeiro.com.br

 
 
Pais e ex-alunos lamentam desativação
 
O destino do imóvel de uma antiga escola do bairro Iporanga, na zona industrial de Sorocaba, vai passar para o controle dos moradores, segundo anúncio feito na sexta-feira passada pela Prefeitura. Pais e ex-alunos lamentam a desativação do prédio que funcionou durante vários anos como unidade de ensino. 
  
De acordo com a Prefeitura, na primeira quinzena de julho, o secretário da Educação, Mario Bastos, acompanhado do vereador João Donizete, recebeu na escola um grupo de moradores. "Organizados, os moradores estão se preparando para assumir o controle sobre o prédio de modo responsável e ordenado", diz nota da Secretaria de Comunicação e Eventos. 
  
A nota acrescenta que, seguindo sugestão de Mario Bastos, os moradores estão fazendo limpeza de toda a estrutura e contarão com a ajuda da Prefeitura para recolher entulho em caminhões. Em seguida, apresentarão uma proposta ao Poder Público para administrarem a utilização do prédio por meio de uma empresa constituída pelos próprios moradores. A limpeza foi feita em mutirão no domingo passado. 
  
Com a desativação neste ano, os alunos foram transferidos para outras escolas, com transporte cedido pela Prefeitura. Mesmo com os planos de os moradores assumirem o controle da escola, o que pais e alunos gostariam é que a escola voltasse a funcionar. Mas a Prefeitura informou que instalação de uma nova escola municipal no prédio não está nos planos da administração municipal no momento. 
  
Enquanto os planos anunciados não se concretizam, o imóvel está abandonado, embora seja usado por crianças para brincadeiras durante o dia. Os vidros das janelas quebrados, uma janela totalmente aberta e alguns brinquedos remanescentes do tempo das aulas danificados são marcas do abandono. 
  
O imóvel abrigou uma escola municipal, a CEI-14, e uma unidade de ensino estadual, a Reverendo Augusto da Silva Dourado. O prédio pertence à Prefeitura. O uso do imóvel pelas crianças para atividades de lazer não protege o imóvel da ação de vândalos e os vidros quebrados provam isso. Há um acesso aberto no alambrado que cerca o terreno e que permite a entrada de qualquer pessoa, durante o dia ou à noite. 
  
Vínculos com o bairro 
  
As moradoras Elioneide Farias Ferreira, de 40 anos, que tem três dos quatro filhos em idade escolar, e Neusa Souza Gundim, de 62 anos, informaram que a atenção da comunidade local com a escola leva em conta o fato de a história do imóvel se confundir com a história do bairro. 
  
"A desativação da escola foi uma tristeza para o bairro", afirmou Neusa, que trabalhou ali no setor de merenda. "Eu gostaria de ver a escola funcionando, eu tinha muito zelo com ela quando fui funcionária. Por ali já passaram meus filhos, meus netos, não fiquei feliz com a desativação. Tinha horta, tinha (programa) escola da família." Elioneide reforça o tom de insatisfação: "A desativação não agradou ninguém. Tirar criança do bairro para estudar em outro lugar não é legal. Escola tem que ser escola do bairro, cada bairro tem que ter sua escola."
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