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GREVE DOS PROFESSORES 2015

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Qua, 25 de Março 2015 - 16:27

Protesto de alunos apoia professores estaduais em greve

Estudantes de Presidente Prudente saíram em passeata das escolas Clotilde Veiga de Barros, Marieta Ferraz de Assumpção e Monsenhor Sarrion.

Por: Carolina Mescoloti e Valmir Custódio

Alunos da rede estadual de ensino saíram em protesto na manhã desta quarta-feira (24), em Presidente Prudente, como forma de adesão à greve dos professores, que já dura 13 dias.

Eles saíram em passeata das escolas estaduais Clotilde Veiga de Barros, Marieta Ferraz de Assumpção e Monsenhor Sarrion, passaram pelo Parque do Povo e seguiram em direção à Diretoria Regional de Ensino.

Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a mobilização reuniu cerca de 150 pessoas, entre estudantes e docentes.

Conforme a coordenadora regional da Apeoesp, Ana Kuhn, a iniciativa partiu dos alunos. “Eles vieram até as ruas para reivindicar os direitos deles. A falta de professores na rede pública, a falta de infraestrutura e a superlotação nas salas de aulas são alguns dos problemas apontados”, afirmou ao iFronteira.

Ainda sobre a questão da greve da categoria, a coordenadora afirma ainda que alguns professores aderiram a paralisação, já outros, ainda continuam trabalhando. “A categoria pede um aumento de 75% na remuneração, além da equiparação salarial em nível superior, como em outras profissões”, salientou.

Além de apoiar a greve, os manifestantes aproveitaram também para reivindicar melhorias na educação pública.

Durante a mobilização, os manifestantes repetiam, em coro, frases como "Sem educação não se constrói uma nação" e "O professor é meu amigo; mexeu com ele, mexeu comigo".

As alunas da Escola Estadual Clotilde Veiga de Barros, Rafaela Carvalho, de 12 anos, e Andressa Aparecida dos Santos Ribeiro, também de 12 anos, saíram em protesto e afirmam que querem mudanças.

“Saímos da escola para defender os nossos direitos. Temos muita aula vaga e falta professores para as disciplinas. Nós queremos estudar e viemos nos manifestar para que isso mude”, disse Rafaela ao iFronteira.

Já a estudante Andressa também salientou a importância de outras atividades no ambiente escolar. “Falta infraestrutura na sala de leitura e também na sala de informática da nossa escola. Temos computadores, mas não temos um monitor para nos ensinar”, conta.

O estudante da Escola Estadual Monsenhor Sarrion, Vinícius Santos, de 16 anos, aponta que os professores substitutos nem sempre se preocupam com as disciplinas lecionadas em sala.

“Acho que por conta dos baixos salários os professores estão desmotivados e quando substituem aulas, por exemplo, acabam não se preocupando com as atividades dadas em sala. Eles passam qualquer coisa só para preencher o tempo. Faltam vários professores, principalmente, na disciplina de português”, relatou o estudante ao iFronteira.

Outro lado -  A dirigente regional de ensino de Presidente Prudente, Naide Videira Braga, afirmou ao iFronteira que avalia a manifestação como um ato democrático e pacífico. “Os estudantes reinvidicam os direitos deles e a Diretoria Regional de Ensino está com as portas abertas para ouvir as necessidades dos estudantes. Acredito que todo tipo de manifestação pacífica é naturalmente um exercício de democracia”, disse.

Naide enfatiza ainda que os professores que aderiram à greve têm direitos de se manifestarem. “Esse tipo de manifestação tem acontecido em todo o País e nós como Diretoria de Ensino, iremos repassar essas reinvindicações ao Estado, que por sua vez, irá negociar com a classe”, relata.

Já sobre a afirmação dos estudantes em relação a falta de professores e aulas vagas, a dirigente destaca que é preciso que os coordenadores de ensino, diretores e a equipe escolar não deixe que os alunos sejam prejudicados. “Temos mais de mil professores cadastrados para a substituição na rede pública de ensino e é preciso que a escola entre em contato com estes profissionais para que eles não sejam prejudicados e tenham o direito à aula garantida”, afirmou ao iFronteira.

Em relação a superlotação das salas, Naide informou que trata-se de casos pontuais. “Existem escolas, por exemplo, que faltam alunos e não possuem demanda. A média por sala é de 35 a 40 alunos”, declara.

Confira galeria com vídeo e fotos, feitos pelo iFronteira, que mostram a manifestação realizada nesta quarta-feira (24), em Presidente Prudente, no site http://www.ifronteira.com/noticia-presidenteprudente-63100

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