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Qua, 07 de Outubro 2015 - 18:20

Estudantes de Valinhos se mobilizam para evitar que escola seja fechada

Eles fizeram um ato nesta terça-feira (6) para defender a unidade de ensino. Governo pretende dividir instituições de acordo com os ciclos de educação.

Por: G1 - 06/10

A reorganização na rede pública de ensino anunciada pelo governo paulista para o ano que vem tem gerado polêmica na região de Campinas (SP). Apesar de não haver dados oficiais sobre transferências de alunos ou fechamentos de instituições, os estudantes da Escola Estadual José Leme do Prado, que fica na Vila Santana, em Valinhos (SP), fizeram um ato nesta terça-feira (6) em frente ao colégio para defender a unidade de um possível fechamento.

A estudante Victória Telles, de 16 anos, acredita que a mudança será ruim para os alunos da Leme do Prado.  "A gente acha que essa mudança vai fazer mal, que não é fechando escola que você vai ter um melhor ensino. A gente precisa de mais escolas para ter mais alunos na sala, facilitar a vida do professor e facilitar a aprendizagem. Com muito aluno é impossível ter aula", destaca.

O professor Bruno Guedes, que trabalha na instituição, afirma que é preciso que alunos e professores da região se unam para que as mudanças não sejam implementadas. "Essa reorganização já foi feita e já está dada. Se reverter vai ser por força do movimento no estado inteiro. Os diretores já sabem, inclusive, uma diretora de uma escola próxima aqui já veio nos dar boas-vindas na escola dela”, afirma

Reorganização das escolas
O movimento é uma resposta contra a reorganização proposta pelo governo, que pretende dividir as escolas de acordo com os ciclos de educação, ou seja, cada unidade de ensino será destinada para alunos de uma determinada faixa etária. Apesar do ato em Valinhos, por enquanto não há uma lista oficial de quais colégios vão passar mudanças.

Nesta manhã, também houve mobilização em Cosmópolis (SP). Alunos e professores se reuniram por volta de 8h na entrada da cidade, com faixas para manifestar a indignação com a notícia de que a Escola Estadual Alberto Fierz vai ser fechada em breve.

Os alunos da Escola Estadual Liomar de Freitas, em Hortolândia (SP), também estão indignados com as reestruturações. As mudanças na unidade devem afetar todos os turnos.

A estudante Jaqueline Rodrigues, de 16 anos, afirma que estão querendo tirar o período noturno. "Isso causaria grande transtorno, porque eu faço ensino técnico e ficaria muito difícil estudar de manhã", conta.

Fechamento de unidades
A professora Eliane Garcia, que é diretora do sindicato dos professores de Sumaré (SP), participou de reuniões com a diretoria de ensino da cidade e confirmou que há previsão de fechar escolas. "Mas, nossa luta é pra manter as escolas abertas", afirma.

O dirigente regional de ensino de Campinas (SP) Antônio Admir Schiavo afirma que a reorganização está sendo feita dentro do número de alunos previstos para cada unidade escolar e que não há previsões de demissões.

Ele disse ainda que os alunos não deverão ficar longe de casa e que o objetivo é melhorar o ensino. "Toda mudança traz alguma insegurança, mas só se consegue novas conquistas mudando o olhar", afirma.

O dirigente destacou ainda que os nomes das escolas que serão reorganizadas só serão divulgados após uma reunião com a Secretaria de Educação na próxima quarta-feira. "Assim que a gente for até São Paulo teremos uma ideia. Fizemos estudos e vamos apresentar à secretaria", finaliza.

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