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Qua, 07 de Outubro 2015 - 18:30

Estudantes e professores protestam contra mudanças nas escolas estaduais de Taboão; projeto vai fechar o Alípio de Oliveira e Silva

Por: Allan dos Reis, no Jardim Santa Rosa e no Jardim Glória - Taboão em Foco - 06/10


Uma manifestação na manhã desta terça-feira (6) reuniu alunos de pelo menos cinco escolas estaduais de Taboão da Serra, além de pais, diretores e professores, em frente a Diretoria de Ensino para protestar contra o projeto do Estado de São Paulo, do governador Geraldo Alckmin (PSDB), de realizar uma divisão das unidades de ensino por ciclos na chamada “reorganização escolar”.

Na proposta em discussão, a escola Alípio de Oliveira e Silva será fechada e os mais de 600 alunos serão transferidos para outras escolas próximas ao bairro. Em Embu das Artes, será a escola Professora Sara Sanches Russo, no Jardim Tereza.

Em frente a escola, a mãe de uma aluna do sexto ano do Alípio, Ivana de Paula, criticou a proposta. “A gente acha um absurdo. Deviam abrir novas escolas”, disse. Isabel da Silva, também mãe de aluna, seguiu a mesma linha. “Eu estudei aqui. Minha filha estuda nesta escola. Meu filho estudou e tenho sobrinhos que também passaram por aqui. Não deviam fechar”, reclamou.

Segundo as informações da Secretaria, “partir do ano de 2016, a intenção é aumentar o número de escolas divididas por ciclos: Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Com o ciclo único, alunos do Ensino Médio, por exemplo, poderão estudar apenas com estudantes deste segmento. Entre os benefícios da medida estão a redução nos conflitos entre alunos de idades diferentes, além da melhor gestão da unidade, oferecendo a possibilidade de trabalhar estratégias pedagógicas voltadas a um único público”, diz trecho do documento.

Porém, essa medida desagradou centenas de alunos, que foram recebidos por representantes da Diretoria de Taboão. Porém, após horas de muita conversa, não houve acordo porque a proposta para o município já foi elaborada e está nas mãos do Governo.

O coordenador da Apeoesp Subsede Taboão da Serra, Miguel Leme, critica a falta de diálogo com a comunidade escolar na hora de encaminhar o projeto.

“A gente teve uma reunião no final do mês passado cobrando uma posição da Diretoria de Ensino a respeito do projeto. Porém, soubemos que apenas os diretores das escolas participaram da reunião que decidiu a reorganização. A comunidade escolar não foi ouvida. Está sendo implantado de forma autoritária”, criticou Leme.

As críticas foram duramente endossadas pelos jovens alunos e os pais que participaram do encontro. “Foi discutido e chamaram só os diretores. Mas e a gente?”, questionou um adolescente.

A dirigente regional de ensino Maria das Mercês Martins Bighetti se defendeu e garantiu que o estudo foi feito com base em estudo e houve ativa participação dos diretores.

“Nós trouxemos todos os diretores [da rede estadual de Taboão da Serra], dividimos em bolsões, e apresentamos a proposta técnica. Houve discussão, sim. Eles tinham voz e voto. E quem falou para nós que não estava correto, nós fizemos um re-estudo. Não preciso mentir. [Agora] Aqueles que provarem que o nossa forma de estudo dá para melhorar mais um pouco, nós vamos rever”, afirma Maria das Mercês.

A diretora da escola Julieta de Caldas Ferraz, Leni de Cássia Hayashida, pediu a palavra e garantiu que “houve conversa nesses bolsões de escolas e houve possibilidade de fazer acertos nos inúmeros dias em que houve reuniões no documento”, disse.

Como não houve acordo, representantes da Apeoesp e os grêmios estudantis iniciaram a mobilização para protestar em frente a sede secretaria, localizada na Praça da República, em São Paulo.

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