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Qui, 08 de Outubro 2015 - 18:20

Mudança na Educação pode fechar escolas em Franca

Representantes da Apeoesp foram até São Paulo para detalhar como serão as alterações na cidade.

Por: Diário da Franca - 08/10

As mudanças na educação do estado de São Paulo poderão ser sentidas em Franca e até resultar no fechamento de escolas. Quem prevê é a Apeoesp, que é o sindicato da categoria e que ontem enviou a São Paulo representantes de Franca até a Secretaria da Educação do Estado para buscar detalhes sobre como serão as mudanças e a reestruturação da rede de ensino estadual. Tal proposta foi feita pelo governo paulista para o ano letivo de 2016 e algumas escolas podem ser desativadas com o plano, porém, em Franca, os representantes ainda não sabem exatamente o que pode acontecer.

A medida imposta pelo governo para o próximo ano tem como objetivo reorganizar a distribuição dos alunos nas escolas, desta forma as unidades de ensino irão receber exclusivamente um dos três ciclos de ensino, ou seja, o primeiro, que abrange os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; o segundo, com alunos do 6º ao 9º ano do fundamental; e o terceiro, que reúne os três anos do ensino médio.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, os alunos que vão precisar ser transferidos serão matriculados em escolas que ficam até no máximo 1,5 quilômetro de suas casas, porém, nem todos os bairros de Franca contam com mais de uma unidade do estado dentro desta distancia estabelecida. Com isso, este critério não atenderá todas as crianças da cidade que estão matriculadas, caso sejam transferidas.

Segundo o vice-coordenador da Apeoesp de Franca, Edvaldo Máximo, Franca ainda não obteve um posicionamento vindo da Secretaria do Estado e todos estão sem saber o que irá acontecer com a educação da cidade. “A situação em que nos deixaram é absurda. Não nos abriram claramente o que irá ser feito com as nossas unidades escolares, não nos falaram nada, ao contrário de outras cidades do estado, nós estamos sem saber dos detalhes”, disse.

Estiveram em São Paulo na tarde de ontem, além do vice-coordenador, o diretor regional da Apeoesp – Franca, Luis Gonzaga José. Ambos fora até a Secretaria da Educação para conseguir um posicionamento da dirigente responsável em relação à Franca. “Precisamos ter uma noção do que será feito com a educação de nossa cidade”, completou Máximo.

Devido à essa mudança, algumas escolas poderão ser fechadas e o possível fim das atividades está devidamente ligado à essa nova reestruturação no ensino. Caso isso aconteça, muitos professores ficarão desempregados além de mudar toda a estrutura dos familiares e responsáveis pelas crianças, já que muitas estudam em colégios perto de suas residências.

“É complicado falar em números de demissões para Franca, mas esta mudança trará péssimo resultado para a educação. Atrapalhará a vida dos pais, já que a maioria matricula seus filhos em uma mesma unidade para facilitar, terá superlotação nas salas de aulas – mais do que já está. Atualmente temos salas com 51 alunos, até esta medida a situação irá piorar. Além disso, teremos o aumento no grau de risco de violência dentro das escolas. Isso não pode acontecer”, finalizou o vice-coordenador.

Para tentar mudar esta situação, a coordenadoria da Apeoesp de Franca já entrou com todas as medidas legais contra esta mudança. Foram encaminhadas denúncias para o Fórum Estadual de Educação, para o Conselho Estadual de Educação e para a Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, que chamou o secretário responsável para explicações sobre essa mudança, mas ele não compareceu.

Protesto
Em visita a São José da Bela Vista no último sábado, o governador Geraldo Alckmin foi alvo de um protesto de professores da região devido a esta mudança na educação. Os docentes reclamam das mudanças nas escolas, com a separação dos alunos por faixa etária.

Com faixas e cartazes, um grupo cerca de 20 professores também distribuiu panfletos no qual garantem que essas medidas não colaboram com o ensino. Já o governador, em entrevista ao Diário, disse que a reorganização é para melhorar a qualidade do ensino. "O que nós queremos é o máximo possível de escolas com professor efetivo, porque com professor assim ela tem melhor desempenho".

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