Em discurso na tribuna, o secretário geral da APEOESP, Leandro Oliveira, exaltou o receio que professores, pais e alunos estão sentindo acerca das mudanças na educação estadual, anunciada há alguns dias pela Secretaria Estadual de Educação.
O principal objetivo do secretário era chamar a atenção dos parlamentares e principalmente pedir o apoio da casa de leis para que esse projeto não seja implementado. “Pedimos o apoio dos vereadores para uma causa importante para os professores. Um detalhe que não agradou é que esse projeto não foi apresentado diretamente aos docentes e sim anunciado pela imprensa. Estamos indignados. Educação é um assunto sério, pois envolve toda a sociedade. Para os senhores entenderem: querem dividir a escola, alegando que em 14 anos o número de alunos diminuiu, então haverá ciclos: 1º- de 1ª a 5ª série; 2º- 6 ª a 9 º ano; 3º- Ensino médio”, explicou.
Para Leandro essa é uma artimanha do governo paulista para enxugar a máquina pública. “30% das escolas do estado vão fechar. Os alunos vão perder o vínculo escolar, o que é muito importante, pois os alunos precisam conviver com outros de idades diferentes. Não existe estudo que comprove o que o governador alega, na verdade tudo isso é uma enganação, a preocupação é financeira e nada pedagógica”, afirmou.
Outro ponto levantado no discurso foi a distância das escolas. Com essa divisão, irmãos que estudavam na mesma escola, se estiverem em ciclos diferentes vão se separar. As escolas estaduais: Nicola Mastrocola e Paulo de Lima lecionariam apenas para o ensino médio, já Alfredo Minervino e Maximiano seriam ensino fundamental. “Mais de 1 milhão de alunos serão prejudicados com esse remanejamento”.
“Pedimos a contribuição dos vereadores e população, pois esse projeto pode afetar não só o presente, mas os próximos 10 anos, então analisem o projeto 1083”, finalizou.
Em Catanduva, a dirigente de ensino Mara Aparecida Cherute, afirmou que ainda estão fazendo estudos sobre essas mudanças. Também será feira uma reunião convocando os pais dos alunos. Será o chamado dia E, que acontecerá em 14 de novembro.