Qua, 18 de Novembro 2015 - 20:14
Por: Redação da RBA - Rede Brasil Atual - 17.11
Contra o fechamento
Entrevistada na edição de ontem (16), do Seu Jornal, da TVT, Cláudia ressaltou que, em todo plano pedagógico das escolas, entre as diretrizes e metas propostas consta como prioridade formar cidadãos críticos, participativos e conscientes. "Nada mais é do que isso que a gente está vendo agora. Esses estudantes estão fazendo valer a sua opinião, os seus direitos, e lutando por aquilo que eles acreditam. É isso que a escola tem que fazer na formação desses jovens."
A pedagoga afirmou que faltou diálogo sobre a reorganização por parte do governo estadual, e que qualquer medida que afeta a vida de alunos, pais e professores, "precisa partir de uma base de conversa, com a comunidade escolar, com os sindicatos, as organizações de classe".
Ela afirma também que, ainda que a motivação da reorganização, de separar as unidades educacionais por ciclos (os ciclos I e II do Ensino Fundamental e o Ensino Médio funcionando separadamente) seja justificável, pelo aumento do desempenho dos alunos, esse seria apenas um dos critérios a serem considerados. "Dentro da educação, você não pode considerar uma única variável", afirma a pedagoga.
Outras questões, como o número de alunos por escola e por sala, o perfil socioeconômico dos alunos e a localização das unidades de ensino também deveriam ser consideradas. Cláudia lembra que, em muitas regiões de alta vulnerabilidade social, a escola costuma ser o único equipamento público disponível e, portanto, não pode ser fechada.
A pedagoga diz ainda que a reorganização deve afetar também a vida dos professores, em especial os temporários, da chamada categoria O, que podem ficar sem emprego, em decorrência do fechamento de escolas.