Ter, 13 de Outubro 2015 - 18:41
Por: Folha Ribeirão Pires / Mauá / Rio Grande da Serra
A reorganização escolar proposta pelo Governo do Estado de São Paulo está longe de ser unanimidade entre os interessados. Manifestações contrárias tomam conta das cidades e o governo insiste que a reorganização será benéfica para todos.
Segundo a Apeoesp - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, em Ribeirão Pires duas escolas devem ser fechadas. Em Rio Grande não deverá haver fechamentos.
O processo pretende ampliar o número de escolas com um único ciclo, o que segundo o Governo, favorece a gestão das unidades e possibilita a adoção de estratégias pedagógicas focadas na idade e fase de aprendizado dos alunos.
A Educação utilizou como base levantamento da Fundação Seade - Sistema Estadual de Análise de Dados, que apontou tendência de queda de 1,3% ao ano da população em idade escolar em São Paulo. Entre os anos de 1998 e 2015, a rede estadual de ensino perdeu 2 milhões de alunos.
A partir do ano de 2016, a intenção é aumentar o número de escolas divididas por ciclos: Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Entre os benefícios da medida estão a redução nos conflitos, além da melhor gestão, oferecendo a possibilidade de trabalhar estratégias pedagógicas.
Nem todas as unidades de ensino passarão pela reorganização.
O presidente da Apeoesp Subsede Ribeirão Pires, Teté, frisa que a reorganização não será benéfica para ninguém, e que não irá melhorar a qualidade do ensino.
“A reorganização é para enxugar gastos e não para melhorar a Educação. Serão fechadas escolas, haverá aluno estudando distante da residência, 50 mil professores poderão ficar desempregados, sem contar que o ciclo não irá melhorar a qualidade do ensino público. Não é o prédio que faz a diferença e sim material didático, salários e condições de trabalho, e isso, não está na reorganização”, diz Teté.
O Goveno Paulsita separou Ribeirão Pires em três pólos de reorganização. No primeiro estão: Mário Leandro, Álvaro de Souza Vieira e Vereadora Léa Aparecida de Oliveira (no Parque das Américas em Mauá), uma dessas escolas pode ser fechada segundo a Apeoesp.
No segundo polo estão: Santinho Carnavale, Nayme Cardim e João Roncon. E no terceiro grupo: Felício Laurito, Leico Akaishi, Francisco Prisco e Pastana Menato. Desse grupo deve sair a segunda escola a ser desativada.
Na tentativa de evitar as mudanças, a Apeoesp está promovendo inúmeros atos. Entidades de Classe e Câmaras enviaram mensagens aos deputados. Dindicalistas recolhem assinaturas e uma grande Assembleia dia 29 na Avenida Paulista deve marcar o movimento.
A Educação marcou para 14 de novembro um megaencontro nas escolas de todo o Estado. O “Dia E” será utilizado para ouvir a comunidade e tirar as dúvidas da população e professores que estão surgindo durante o processo.