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Sex, 15 de Abril 2016 - 15:51

Educadores de São Paulo contestam secretário do governo Alckmin

Especialistas afirmam que secretário insinua com privatização do ensino público e lembram que esse modelo é "fracassado"

Por: Rede Brasil Atual - 13.04

O papel do estado é oferecer uma escola laica, de qualidade, para todos'

Educadores criticaram postura do secretário estadual da Educação de São Paulo, José Renato Nalini, que, em artigo publicado no site da secretaria na última semana, defende a iniciativa privada e critica a visão de Estado provedor. Ouvidos pela reportagem do Seu Jornal, da TVT, eles reafirmam que o é papel do Estado oferecer ensino de qualidade, laico e para todos.

O artigo publicado por Nalini, entitulado A sociedade órfã, defende o conceito de estado mínimo e critica a extensão dos direitos garantidos pelo estado. "Muito ajuda o estado de que não atrapalha. Que permite o desenvolvimento pleno da iniciativa privada. Apenas controlando excessos, garantindo igualdade de oportunidades e só respondendo por missões elementares e básicas. Segurança e Justiça como emblemáticas. Tudo o mais, deveria ser providenciado pelos particulares", diz o secretário.

Para o coordenador da ONG Ação Educativa, Sérgio Haddad, o que o secretário insinua é que seria melhor a privatização do ensino público. "Jogar a responsabilidade da educação para a sociedade, em qualquer país do mundo, sempre foi um fracasso", alertou.

Nalini também critica as reivindicações e os direitos sociais. "A população se acostumou a reivindicar. Tudo aquilo que antigamente era fruto do trabalho, do esforço, do sacrifício e do empenho, passou à categoria de "direito". E de "direito fundamental", ou seja, aquele que não pode ser negado e que deve ser usufruído por todas as pessoas."

O professor de políticas públicas da Universidade Federal do ABC (UFABC) Salomão Ximenes diz que parte da comunidade acadêmica recebeu com "preocupação" e até "certa indignação", as ideias apresentadas pelo secretário. Segundo ele, "há uma desvalorização das reivindicações populares",  que são apresentadas como negativas e que o secretário tenta ainda justificar a crise social e do Estado como consequência da luta social.

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