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Ter, 05 de Abril 2016 - 16:33

Protesto contra fraude na merenda fecha vias da Zona Sul

Estudantes fecharam Estrada do M'Boi Mirim na manhã desta segunda. Outro protesto contra a fraude ocorre em frente ao Palácio dos Bandeirantes.

Por: G1 - 04.04

 

Uma manifestação contra o governo estadual bloqueou vias da Zona Sul de São Paulo na manhã desta segunda-feira (4), segundo a Polícia Militar. Estudantes protestavam contra a fraude na merenda.

A PM recebeu o chamado para a ocorrência às 8h20 na Estrada do M'Boi Mirim. Os manifestantes seguiam para a Avenida Guarapiranga.

Outro ato ocorre em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, na Avenida Morumbi. Às 11h, a Marginal Pinheiros tinha tráfego carregado no sentido Castello, da Avenida Guarapiranga até a Ponte Transamérica, e da Ponte do Morumbi até a Rua Quintana.

Fraude
O esquema começou a ser investigado no segundo semestre do ano passado. Em 19 de janeiro, seis suspeitos foram presos: o presidente da Coaf, Carlos Alberto Santana da Silva, o ex-presidente Cássio Chebabi, o diretor Carlos Luciano Lopes e os funcionários Adriano Gilberto Mauro, Caio Pereira Chaves e César Bertholino. Após acordo de delação, todos foram soltos.

Segundo a polícia e o MP, os suspeitos relataram um esquema envolvendo pagamento de propina a funcionários públicos e deputados estaduais para que licitações destinadas à compra de merenda escolar fossem fraudadas em benefício da Coaf, com sede em Bebedouro.

Entre os investigados estão o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Fernando Capez (PSDB) e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como Moita. Ambos negam as acusações, bem como qualquer vínculo com a Coaf.

Ainda de acordo com os interrogados, as propinas variavam entre 10% e 30% do total do contrato que seria firmado entre a Coaf e a prefeitura, e esse valor era acrescido no preço final, o que ocasionava um superfaturamento dos produtos negociados.

O delegado seccional de Bebedouro, José Eduardo Vasconcelos, explicou que a investigação do caso teve início após um ex-funcionário da Coaf procurar o 1º Distrito Policial da cidade para denunciar o suposto esquema.

Repúdio
Em nota divulgada nesta segunda-feira (4), Capez diz ser injusta a citação de seu nome na Operação Alba Branca e afirma estar à disposição para colaborar com as investigações. O texto informa ainda que Capez "entregou à Procuradoria-Geral de Justiça as suas últimas declarações de Imposto de Renda e seus extratos bancários. Da mesma forma, instaurou procedimento interno na Assembleia Legislativa para apuração sobre a eventual participação de funcionários da Casa."

A nota afirma também que Capez apoia a "criação da CPI que visa investigar o superfaturamento de contratos de compra de merenda escolar no Estado" e diz que "o envolvimento de seu nome é uma injustiça".

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