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Qua, 16 de Março 2016 - 15:13

Rio Claro, SP, fecha 18 salas de aula da rede estadual e tem superlotação

12 foram somente em duas escolas, diz levantamento feito pela Apeoesp. Professora diz que há sala com 47 alunos, mas diretoria nega a situação.

Por: G1 - 14.03

 

Um levantamento parcial do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em escolas estaduais de Rio Claro (SP) aponta que 18 salas de aula foram fechadas este ano, sendo 12 somente em duas escolas. Professores e estudantes reclamam que há salas superlotadas e o sindicato acredita em uma reorganização escolar “silenciosa”’. Já a Diretoria Regional de Ensino nega a situação e afirma que a cidade abriu oito salas.

O sindicato analisou 12 das 21 escolas da cidade. Na Escola Joaquim Ribeiro, os estudantes dizem que neste ano ocorreram mudanças. “Primeiro ano só tem à tarde e à noite.  De manhã não tem mais, só tem dois segundos e dois terceiros”, afirmou a estudante Emanuelle da Silva Miranda.

Ainda segundo os alunos, algumas salas estão cheias. Por lei, as salas devem ter no máximo 35 estudantes. “Em cada sala de segundo e terceiro tem no mínimo 40 alunos”, afirmou a estudante Vitória Vergueiro Silva.

A situação é difícil também para quem ensina. Uma professora, que preferiu não se identificar, falou da aulas em turmas lotadas. “Nós temos salas com mais de mais de 40, 45. Inclusive tem  uma sala com 47 alunos”, disse.

Um outro professor trabalha em uma escola onde uma sala de aula fechou. Ele diz que o ensino está prejudicado. “Ficamos com duas salas que estão no limite dessa capacidade e tem uma sala que está ultrapassando um aluno”, afirmou, também sem se identificar.

"Reorganização silenciosa"
Para o coordenador e diretor da regional da Apeoesp, Ademar de Assis Camelo, o que esta acontecendo é uma forma alternativa de fazer a reorganização escolar que causou tanta polêmica no ano passado, quando o governo anunciou a transferência de estudantes pra outras escolas e até o fechamento de algumas unidades.

A medida foi cancelada após protestos com invasões de unidades. Em Rio Claro, duas escolas seriam afetadas: Prof. Délcio Baccaro (ensino médio) e Prof. João Baptista Negrão Filho (anos finais). “No ano passado, ele [o governo estadual] ia fechar escolas, não sala de aulas. Por isso a gente diz que é uma reorganização silenciosa”, afirmou.

Diretoria regional nega fechamentos e superlotação
José Roberto Varussa, dirigente regional de ensino de Limeira, que atende Rio Claro, negou a reorganização silenciosa e a superlotação.  Segundo ele, a cidade ganhou novas salas de aula.

As escolas estão todas por volta de 33, 32 [alunos por  sala]. Nós temos três casos específicos de três classes na escola Odilon Correia, que tem três nonos anos e um aluno a mais em cada uma, com 36 alunos, então é a única situação."
 

“É muito dinâmica essa distribuição. Se diminui o número de alunos, consequentemente diminui o número de salas. Mas esse ano, para ficar bem claro, nós aumentamos oito classes na cidade. Tinha 416, então na cidade houve aumento das salas de aula. As escolas estão todas por volta de 33, 32 [alunos por  sala]. Nós temos três casos específicos de três classes na escola Odilon Correia, que tem três nonos anos e um aluno a mais em cada uma, com 36 alunos, então é a única situação. Em todas as outras é exatamente o módulo ou menor que isso”, afirmou.

Por telefone, o coordenador e diretor da regional, manteve o levantamento do fechamento de salas que, segundo ele, foi passado pelos representantes das escolas.

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