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Qui, 24 de Outubro 2019 - 15:53

Artigo aborda relação do governo Bolsonaro com a educação no Brasil

Por: Prof. Gregório Durlo Grisa - Podcast Unesp - 21.10

 
 
O Podcast Unesp, em parceria com o jornal Le Monde Diplomatique Brasil, divulga entrevistas em formato de áudio com autores de matérias de diferentes abordagens, publicadas nas edições mensais do jornal.
 
Gregório Durlo Grisa, professor do Instituto Federal do Rio Grande do Sul e autor do artigo intitulado: A educação merece mais, divulgado na edição de maio do jornal Le Monde Diplomatique Brasil, explica como o governo de Jair Bolsonaro está tratando questões relevantes da educação no Brasil.
 
A ideia básica do texto é trazer os dados relativos ao orçamento da educação, em especial do MEC nos últimos anos, e também o orçamento para 2020 primeiramente, e depois pensar um pouco algumas premissas que ao me ver, informam a camada de decisão desse governo para o campo educacional. Então, basicamente são dois objetivos centrais, discutir um pouco sobre o orçamento e trabalhar nessas premissas e como elas impactam na política pública educacional.
 
Se a gente olhar o orçamento do MEC de 2014 à 2017 por exemplo, com correção pela inflação, a gente tem uma queda acumulada de mais ou menos 9% desses anos. Quando a gente olha 2018, 2019 e a projeção para 2020, a gente vem vivendo um processo de contingenciamento bastante significativo especialmente esse ano que implica, infelizmente no processo da manutenção dos investimentos relativos à educação.
 
Na comparação, o que foi atualizado em 2018 e 2019, com o que está projetado para 2020, há queda de recursos nas principais funções do Ministério da Educação: educação profissional, educação superior, educação básica, transferência para educação básica e orçamento dos hospitais ligados às universidades.
 
O professor destaca os ataques às ciências humanas, por parte do governo federal:
 
É bastante repetido pelo governo, inclusive pelo presidente desde quando tomou posse, que conteúdos ou cursos relacionados às Ciências Humanas, como Filosofia, Sociologia e História, e educação como um todo, são cursos descartáveis de certa forma por não ter, segundo essas pessoas que hoje atuam no governo, uma função mais prática ou uma importância econômica como outros cursos de outras áreas.
 
Na verdade, me parece que este discurso vêm à reboque da ideia de que as Ciências Humanas, segundo essas pessoas, cumpririam papel doutrinador ou algo do tipo. Isso despreza completamente a diversidade que existe e também despreza ao conhecimento que temos hoje em dia, sobre a importância ou a relevância das ciências para várias áreas do conhecimento e da economia. Então, hoje a gente percebe que, infelizmente, através não só do discurso, mas do senso comum, essa visão das ciências humanas começa a criar contorno, no ponto de vista prático.
 
A íntegra do artigo está no site https://diplomatique.org.br/
 
 
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