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Ter, 15 de Outubro 2019 - 17:08

Para enfrentar os ataques de Bolsonaro e Doria à Educação, entidades criam fórum em SP

Por: Lúcia Rodrigues, especial para o Viomundo - 14.10

 
 
Na véspera do Dia dos Professores, docentes e estudantes criam um fórum estadual em defesa da educação pública, para enfrentar os ataques desferidos pelos governos Bolsonaro e Doria.
 
O objetivo é estabelecer uma coordenação estadual que reúna representantes das principais entidades do setor para estabelecer, por exemplo, um cronograma de ações contra esses ataques.
 
“Essa coordenação terá como tarefa organizar o movimento da Educação no Estado de São Paulo”, explica o professor João Chaves, presidente da Adunesp (Associação dos Docentes da Universidade Estadual Paulista) e um dos articuladores do fórum.
 
De acordo com ele, a coordenação será construída com todas as forças que estão comprometidas com a defesa da educação pública no Estado.
 
“Todos os sindicatos de docentes, de servidores técnico-administrativos, estudantes tanto do ensino fundamental e médio como superior estarão envolvidos nessa coordenação.”
 
Chaves destaca que a coordenação será fundamental para o sucesso na resistência aos ataques de Doria e Bolsonaro.
 
“Será decisiva para estabelecermos um cronograma de ações de rua que produzam o impacto necessário para avançarmos na defesa da educação e na resistência aos ataques.”
 
A Apeoesp, o sindicato dos professores da rede pública de ensino, é entusiasta da proposta.
 
“A formação de um fórum em defesa da educação para colocar mais gente na rua e articular com outros setores é fundamental”, enfatiza o vice-presidente a entidade e professor de História, Fábio Moraes.
 
“Toda a ferramenta para defender a educação e sua laicidade, para defender recursos e a valorização de professores e estudantes contará com a participação da Apeoesp”, frisa o sindicalista.
 
“Hoje há um ataque que vai da creche à universidade pública. O governo quer privatizar a educação, mas nós não vamos permitir. A melhor forma de ceifar sonhos é destruir a educação, Por isso, estamos na rua contra Doria e Bolsonaro”, afirma o representante da Apeoesp.
 
“A coordenação estadual será muito importante porque São Paulo tem as principais universidades do país. E a USP, Unesp e Unicamp vêm sofrendo ataques constantes do governo, apesar de serem as universidades que formam os principais pensadores e gestores do país”, frisa o presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes) Caio Yuji, que cursa Serviço Social da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
 
“Por isso, é essencial que exista uma coordenação estadual para que apontemos uma outra direção para a educação, rumo a um país diferente e a um novo mundo”, diz o dirigente estudantil.
 
Caio faz questão de frisar que a coordenação também será importante para fazer o enfrentamento ao programa Future-se do governo federal. Ele também lembra que parte do descontingenciamento da verba retida pelo Ministério da Educação foi fruto das ações de rua organizadas por professores e estudantes. “Foi graças à nossa luta”, comemora.
 
O dirigente da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antonio de Moraes, considera que defender a Educação e a Ciência é atuar na defesa da soberania do país.
 
O sindicalista recorda que a descoberta do pré-sal só foi possível graças às pesquisas desenvolvidas nas universidades públicas brasileiras.
 
“Foi esse conhecimento que possibilitou que desenvolvêssemos toda a cadeia produtiva do petróleo, garantindo soberania energética ao nosso país.”
 
Outra categoria que tem orgulho de defender a educação pública são os carteiros.
 
Douglas Melo, diretor do Sindicatos dos Correios, ressalta que a empresa é a responsável pela entrega dos livros didáticos em todo o país.
 
“Os Correios têm 356 anos e é o responsável pela entrega dos livros didáticos em todas as escolas do Brasil. A privatização dos Correios vai afetar a Educação. Por isso é importante nossa unificação com professores e estudantes para enfrentar esse governo entreguista”, afirma o sindicalista.
 
“É muito importante nos unirmos. A juventude que tanto sonhou em entrar na universidade precisa ter perspectivas de pesquisar e produzir projetos científicos.A educação é o principal ponto de empoderamento da sociedade”, observa Bruna Caroline Ferreira,  estudante de Geografia da Unesp.
 
“Um país que não tem educação, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico não tem condição de ter um futuro brilhante. O investimento em educação deve ser visto como prioridade e não como gasto”, conclui Bruna
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