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Sex, 01 de Março 2019 - 18:20

Saiba no que o ministro da Educação já voltou atrás desde que assumiu

Por: Portal Poder 360 - 28.02 - Mahila Ames de Lara

 
Saiba no que o ministro da Educação já voltou atrás desde que assumiu
 
Afirmou que universidade não é para todos
 
Disse que brasileiro viajando é 'canibal'
 
Atribuição errada de música a Cazuza
 
Pediu que escolas gravem alunos
 
 
Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, 75 anos, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a pasta em novembro de 2018. O filósofo fez declarações controversas, causou imbróglios no governo e voltou atrás.
 
O Poder360 elencou os recuos cometidos por Vélez desde que assumiu:
 
referências bibliográficas nos livros didáticos
 
No edital do PNLD 2020 (Programa Nacional do Livro Didático 2020), publicado pelo governo em 2 de janeiro, o Ministério da Educação retirou a exigência de "incluir revisões bibliográficas" dos livros didáticos que seriam adquiridos para serem usados a partir de 2020.
 
O texto suprimia que os livros estivessem "isentos de erros" e retirava uma parte do edital que estabelecia "atenção para o compromisso educacional com a agenda da não-violência contra a mulher".
 
Após receber críticas, o Ministério da Educação abriu uma sindicância para apurar o caso e em seguida suspendeu a medida.
 
O edital criado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) serve para orientar a aquisição de obras distribuídas pelo governo a alunos do ensino fundamental (6º a 9º ano) das escolas públicas do país.
 
"universidade não é para todos"
No fim de janeiro, o ministro disse em entrevista ao jornal Valor Econômico, que "a ideia de universidade para todos não existe".
 
Logo depois, gravou 1 vídeo onde afirmou que do ponto de vista da capacidade, a universidade não é para todos, porque nem todas as pessoas têm o desejo ter formação em ensino superior.
 
Na mídia, o ministro afirmou que isso não significa que não deva haver democracia na universidade
 
"Brasileiro viajando é 1 canibal"
Em entrevista à revista Veja que foi às bancas em 1º de fevereiro, Vélez, que é colombiano, fez críticas a postura dos brasileiros quando saem do Brasil.
 
"O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola", disse.
 
Em sua conta do Twitter, o ministro pediu desculpas, disse que ama os brasileiros e que suas palavras foram tiradas de contexto.
 
confusão com Cazuza
Também na referida entrevista à Veja, o ministro se confundiu ao citar uma frase que achava ser do cantor Cazuza.
 
Ao ser questionado se o critério de liberdade incluia ensinar marxismo, fascismo e liberalismo, o ministro respondeu que "liberdade não é o que pregava Cazuza, que dizia que liberdade é passar a mão no guarda" e completou: "não! Isso é desrespeito à autoridade, vai para o xilindró".
 
O jargão, no entanto, é de 1 programa humorístico
 
. O equívoco causou desconforto com a mãe do cantor. Lucinha classificou o episódio como "inadmissível" e disse que processaria o ministro, caso ele não se retratasse.
 
Para "desfazer o equívoco", Vélez ligou para Lucinha e voltou atrás na afirmação.
 
Filmagem de alunos 'perfilados e cantando o hino'
Na 2ª feira (25.fev), Ricardo Vélez pediu que professores, alunos e funcionários das escolas ficassem perfilados diante da bandeira do Brasil e cantassem o hino nacional após a leitura que uma mensagem que incluía o slogan de campanha de Bolsonaro, "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos". Para comprovar que as escolas estariam cumprindo a demanda, deveriam filmar o ato e enviar os vídeos para o Ministério da Educação.
 
A PFDC (Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão) pediu esclarecimento sobre o caso e o Ministério da Educação voltou atrás.  No Senado, 1 grupo de estudantes fez 1 protesto em reunião da Comissão de Educação, Cultura e Esporte enquanto o ministro da Educação estava presente na sessão para apresentar as diretrizes da pasta
 
 
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