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Seg, 19 de Agosto 2013 - 16:09

Apeoesp condena ampliação da jornada de trabalho dos professores

Medida anunciada na última quinta-feira (15) pela secretaria de estado da Educação não agradou o Sindicato, que considerou a mudança uma escravização da categoria.

Por: Cibele Martins - Diário de Marília - 17/08/2013

Os professores efetivos e estáveis da rede estadual de ensino de São Paulo poderão acumular a função com a contratação temporária e aumentar a carga horária em até 65 horas semanais dentro da rede. A medida anunciada na última quinta-feira (15) pela secretaria de Estado da Educação, não agradou a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) que considerou a mudança uma escravização da categoria.

Com a mudança, os professores que têm uma jornada de 40 horas semanais, por exemplo, poderão acumular até 25 horas extras. O ganho financeiro será de cerca de R$ 1,4 mil ao mês, além do salário-base somado às gratificações. Para dar conta de uma jornada como essa, será necessária uma carga de trabalho diária de 13 horas.

A pasta garante que a medida atenda a uma solicitação dos servidores, mas o sindicato que representa a categoria afirma que a jornada extra vai sobrecarregar ainda mais os docentes que já têm atualmente uma jornada considerada extenuante.

“A rede está com falta de professor e o Estado está querendo suprir com essa medida, que sobrecarrega ainda mais a classe”, afirmou Juvenal Aguiar, diretor estadual da Apeoesp.

Segundo ele, a categoria luta pela abertura de concurso público e para que o governo cumpra a lei do piso, que prevê um terço da jornada do professor fora da sala de aula para a preparação de atividades pedagógicas e correção de trabalhos e provas.

“A gente quer concurso público, reclassificação da jornada em cima da lei do piso, que prevê que dentro da carga máxima o professor tenha um terço fora das salas para preparação de aulas, correção de provas. A lei federal prevê, mas nenhum Estado do País cumpre. Estamos lutando para conseguir isso”, disse.

Ele considera que a carga horária do professor e as condições em que está trabalhando já contribuem para o agravamento de problemas de saúde.

“Com essa brecha que o Estado está dando o professor praticamente vai dobrar a jornada. E quanto mais ele trabalha maior o nível de estresse, de pressão e o prejuízo da educação”, disse.

Ao todo, são 181,5 mil educadores efetivos e estáveis na rede e a jornada extra será opcional. A mudança vale para os professores da Educação Básica II, que corresponde ao Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano, e ao Ensino Médio.

A medida permitirá, por exemplo, que o professor efetivo substitua outro professor, afastado por licença médica, em horário distinto de sua jornada e na mesma escola em que atua. A mudança foi anunciada na semana passada, quando foram abertas as inscrições para o processo de atribuição de aulas de 2014, momento em que os professores interessados em acumular hora devem demonstrar o interesse. O procedimento - inscrição para o processo de atribuição - deve ser realizado pela internet até 10 de setembro.

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