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Qui, 19 de Fevereiro 2015 - 16:10

Escolas estaduais: classes lotadas e professores desvalorizados

Levantamento feito pela Apeoesp mostra que 2.704 classes de escolas estaduais tiveram as portas fechadas em 2015, o que vem causando a superlotação de salas de aula

Por: Guilherme Franco - Portal SpressoSP - 11.02

Uma semana após a volta às aulas da rede estadual de São Paulo, alunos e professores depararam-se com salas de aula lotadas. Classes que deveriam ter 40 estudantes estão com até 70 matriculados, segundo a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha. “Tem salas de aula em escolas na zona Norte com quase 70 alunos. É inviável, pois compromete a qualidade do ensino e o trabalho do educador. O quadro é caótico e totalmente na contramão de uma educação pública de qualidade”, afirmou.

A superlotação de estudantes, segundo Maria Izabel, é resultado do fechamento de diversas classes nas escolas. “Não é um problema de agora, ele apenas se acentuou neste início de ano. O fechamento das salas forçou a superlotação. Quem paga o preço são os professores e os alunos, que vão passar a abandonar as aulas”, garantiu.

De acordo com um levantamento parcial da Apeoesp, 2.704 classes de escolas estaduais tiveram as portas fechadas em 2015. Os casos mais graves estão localizados nos municípios de Guarulhos, Arujá e Santa Izabel que, juntos, somam 300 classes fechadas.

Ainda segundo o estudo, outros fatores estão tornando este início de ano letivo particularmente preocupante nas escolas estaduais, como o corte de verbas para materiais necessários ao ensino e ao bom funcionamento da escola e a redução do número de professores coordenadores pedagógicos.

Em dezembro de 2014, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), suspendeu os recursos que as escolas estaduais paulistas usam para comprar produtos de higiene e materiais de escritório, como papel higiênico, folhas sulfite, sabonetes, copos descartáveis e outros itens básicos.

Somam-se a esses fatores a crise hídrica do estado, que está deixando boa parte das escolas sem água, como conta a presidente da Apeoesp. “Nós denunciamos esses problemas no fim do ano passado. As escolas não estão oferecendo as necessidades básicas para as crianças. Cadê o plano de contingência? Eles adiaram o início das aulas para fevereiro, mas não adiantou nada. Com falta de estrutura não vamos formar estudantes”, concluiu.

De acordo com a secretaria estadual de Educação, no início do período letivo a rede passa por um período de readequação no número de matrículas feitas e de alunos reais. Assim, o número de matrículas na lista de chamada pode não se efetivar com estudantes que frequentam as aulas.

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