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Sáb, 24 de Novembro 2012 - 01:21

Grupo pretende levar a paz para as escolas

São casos de agressões verbais e físicas, além de furtos e danos materiais ao patrimônio escolar e de educadores, que têm um agravante: boa parte das vezes, eles acabam ficando restritos à escola e não são registrados oficialmente.

Por: Eliane José - O Diário - 23.11

Na primeira semana do mês de outubro, a sede mogiana do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) chegou a receber uma denúncia por dia de violência praticada contra professores na sala de aula. São casos de agressões verbais e físicas, além de furtos e danos materiais ao patrimônio escolar e de educadores, que têm um agravante: boa parte das vezes, eles acabam ficando restritos à escola e não são registrados oficialmente.

A violência na escola foi tema, ontem (21), de um encontro entre representantes da Apeoesp, da Polícia Militar, e da Diretoria Regional de Ensino de Mogi das Cruzes, que busca alternativas para promover a paz no ambiente escolar. Em maio do ano que vem, um fórum municipal irá buscar soluções para estancar um dos problemas que mais preocupa os educadores.

A coordenadora da Apeoesp, Vânia Pereira da Silva, disse que um próximo evento será realizado em fevereiro, para a definição de participantes do encontro municipal. Ontem, começaram a ser montados grupos de estudos, que organizarão a atividade.

Desta primeira reunião, no entanto, é possível desprender as dificuldades que o tema suscita. Muitos professores, por exemplo, temem represálias e não registram os boletins de ocorrências que seriam elementares para mapear os casos e a gravidade deste tipo de conflito, que reflete a violência social que marca os nossos dias. “Não é apenas a escola ou o aluno que está violento”, diz a professora Vânia, comentando a própria onda de crimes registrada no Estado.

Para ela, entre os fatores que podem estar por trás das ocorrências na escola estão a insegurança pública e o distanciamento entre pais e filhos. “O pai trabalha e, muitas vezes, não consegue acompanhar o que o filho faz”, indica.

Apenas no período da tarde, quando Vânia atende os professores que chegam a procurar o sindicato, de abril a outubro, foram relatados 20 casos de agressão. Mas o número real, suspeita-se, deva ser maior. “Muitos professores não denunciam, temem complicações”, afirma.

Nos próximos dias, a Apeoesp realiza em Serra Negra um encontro estadual e promete divulgar uma pesquisa sobre a violência na escola. O fórum em Mogi, que será aberto à comunidade, terá como desafio unir pontas: Polícia Militar, escola, professor e família.

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