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Qua, 29 de Maio 2013 - 18:20

Juventude cutista participa do 53º Congresso da UNE em Goiânia

Encontro deve reunir 10 mil jovens

Por: De CUT/SP - Carlos Guimarães (CNTE/CUT) - Paulo Bezerra (Secretário de Juventude da CUT/PE)

O 53º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conume) que ocorre de 29 de maio a 2 de junho, em Goiânia, é um momento para reavaliarmos a nossa longa história de luta e resistência, que deve nos estimular a seguir adiante na construção de alianças que congreguem amplos setores da população na luta por reformas estruturais.

A nossa tarefa deve ser avançar na consolidação do desenvolvimento social, econômico e político em curso no Brasil nos últimos dez anos. Para isso, a luta por mudanças deve ultrapassar os muros acadêmicos e do academicismo que pouco dialoga com a realidade.

Como um movimento plural e democrático que somos, cumprimos um papel importante na articulação de uma grande camada da juventude que está nas universidades públicas e privadas, para que compreendam a força que têm no enfrentamento de ideias e concepções que são contrárias aos trabalhadores (as) de nosso país.

Ao povo brasileiro historicamente se negou direitos básicos como saúde, cultura e educação. O conservadorismo e elitismo impostos ao longo de décadas privilegiou camadas mais ricas em detrimento das mais pobres, trazendo prejuízos principalmente aos negros e indígenas. A luta por reparos históricos e por uma sociedade igualitária representa, portanto, um enfrentamento histórico.

Na última década, tivemos relevantes mudanças para a educação no Brasil com a ampliação de políticas públicas no setor que impulsionaram milhares de jovens a ingressar no ensino superior e também no ensino técnico profissionalizante, ainda que faltem maiores investimentos públicos para a educação pública. Umas das principais bandeiras que o movimento deve fortalecer é a defesa de 100% dos royalties do petróleo para a área, que ajudará o país a cumprir a meta do Plano Nacional de Educação, que prevê o investimento de 10% do PIB na educação até 2020.

Sobre os avanços neste campo, vale ressaltar que a política nacional de cotas e o Programa Universidade para Todos (Prouni) foram de grande importância no país, pois contribuíram para o aumento de vagas em instituições federais de ensino superior. Só as cotas ampliaram em sete vezes a presença de estudantes de baixa renda nas universidades, os quais têm tido bom desempenho, com média alta de aproveitamento.

Agora, estudantes pobres, negros e indígenas têm fortes instrumentos de combate nas mãos - a caneta e o papel - como um contraponto ao elitismo histórico, na medida em que estes cotistas passam a reescrever a história do país, mas agora de baixo para cima. Isso, contudo, não basta, pois é preciso que a política nacional de cotas seja aplicada nas universidades estaduais. Isso ainda não é realidade, pois estados como São Paulo, por exemplo, resistem a isso e, ainda, criam ações como o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp) que são discriminatórios e caminham na contramão dos avanços que temos testemunhado.

As lutas por uma educação de qualidade, pela reforma universitária e mudanças no sistema educacional, porém, só poderão ser alcançadas se forem somadas a outras mudanças estruturais como as reformas agrária, política e tributária e a construção de um novo marco regulatório que democratize a mídia no Brasil, pois hoje 70% das informações veiculadas estão concentradas nas mãos de apenas seis famílias que são proprietárias dos meios de comunicação no Brasil.

É importante que asseguremos também outras conquistas. Atualmente, projetos da elite que pretendem ampliar a terceirização no país, ou seja, substituir empregos de qualidade – com registro em carteira - pela contratação de prestadoras de serviços sem nenhum compromisso com os trabalhadores, não podem ser aprovados. Afinal, os universitários que são e serão os trabalhadores em breve, correm o risco de viver um retrocesso de direitos.

Nós, estudantes e trabalhadores, só poderemos avançar na construção de um projeto de país soberano e popular na educação e em outros setores se participarmos e conquistarmos novos espaços. Um dos caminhos é nos unirmos aos movimentos sociais do campo e da cidade e acompanharmos as lutas da classe trabalhadora. Assumir os desafios que se apresentam significa construir um melhor país para o bem de todo o povo brasileiro.

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