Ter, 14 de Abril 2015 - 16:21
Por: Ana Maria Lopes - APEOESP - 14.04
Cláudio Oliveira de Araújo é pai de um estudante matriculado em uma escola estadual de Guaianazes, na zona leste da capital. Por conhecer de perto a realidade da escola pública, ele passou a acompanhar atentamente o noticiário sobre a greve e indignou-se com a forma como os professores estão sendo tratados.
"É realmente chocante a repetição do discurso sobre as reivindicaçôes dos professores. O governo argumenta que a greve não tem justificativa e alimenta uma ideia diferente dos programas que, ao discutirem sobre Educação, sempre ressaltam a importância do professor", acredita Araújo.
Além da valorização profissional, a greve denuncia problemas como a superlotação de salas de aula. Como o seu filho está matriculado em uma sala com 45 estudantes, Cláudio Oliveira também reclama da falta de aprofundamento das reivindicações dos professores.
"Há também violência nas escolas. Paga-se salário de ensino médio para professores que, obviamente, tem que ter formação superior. As salas de aula estão superlotadas", enumera o pai indignado.
Para Cláudio Oliveira, "a reprodução do discurso reducionista a respeito da Educação durante os últimos quatro mandatos do Governo do Estado não vai formar cidadãos críticos e criativos.".
"Meu filho segue sem aula, mas precisamos de uma nova Educação. Por isso, minha família apoia as reivindicações dos professores de São Paulo", afirma.