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Qui, 13 de Setembro 2012 - 16:12

Pesquisa aponta que depressão é maior causa de afastamento de professores

Nossos professores estão doentes. Essa é a realidade de quem leciona na rede estadual de Educação, na opinião da coordenadora regional da Apeoesp, na subsede da Baixada Santista, Célia Amado.

Por: Tatiane Calixto - A Tribuna - 12.09.12

Saúde

“Nossos professores estão doentes”. Essa é a realidade de quem leciona na rede estadual de Educação, na opinião da coordenadora regional da Apeoesp, na subsede da Baixada Santista, Célia Amado. Para ela, os números apresentados nesta terça-feira pela entidade corroboram sua afirmação.

De acordo com o estudo "A Saúde do Professor da Rede Estadual de Ensino", do total de entrevistados, 27% afirmaram que tiveram de se afastar das salas de aula. O principal motivo, relatado por 57%, foi a depressão.

Ainda segundo a Apeoesp, que ouviu 936 professores de todo o Estado, em 2010, transtornos de ansiedade são a segunda maior causa de afastamentos, apontada por 49%. Outros 41% citaram a rouquidão e 37%, a hipertensão.

“Tudo isso acontece por esgotamento físico e mental”, define Célia. Classes lotadas e a violência dentro da escola são fatores que, segundo ela, derrubam a autoestima e a motivação do educador. “E o resultado são esses números”, diz.
Segundo ela, não há dados específicos da Baixada Santista, mas os casos são muitos. “Conheço vários que tiveram de se afastar. Alguns se recuperam, mas vão para serviços burocráticos, ficam fora das salas de aula. E isso representa uma perda muito grande porque são bons profissionais”.

O principal objetivo do levantamento é conhecer melhor a saúde e as condições de trabalho dos professores e, desta forma, elaborar intervenções para melhorar a qualidade de vida destes servidores.

Estado

A Secretaria de Estado da Educação informa que o órgão responsável por conceder licenças médicas é o Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME), vinculado à Secretaria de Gestão Pública. Dessa forma, a pasta não dispõe de um levantamento sobre as principais causas de licença-saúde de professores, seja no Estado ou na região da Baixada Santista.

No entanto, a secretaria ressalta que desenvolve um conjunto de medidas voltadas não só para a maior eficiência na gestão de recursos humanos, mas também para a melhoria das condições de saúde de seus profissionais.
A primeira dessas iniciativas foi implantada em fevereiro do ano passado, com a criação do programa São Paulo Educação com Saúde, em parceria com o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público (Iamspe) e com o Instituto Santa Marcelina. A intenção é oferecer assistência médica preventiva aos servidores da Educação, no próprio local de trabalho.

“O foco do programa está na prevenção, mas também será oferecido suporte para funcionários que apresentem algum problema de saúde. Nesse caso, eles serão encaminhados para tratamento, de acordo com a especialidade médica. Com o programa, espera-se reduzir a incidência de problemas como estresse ocupacional, doenças osteomusculares, sobrepeso/obesidade, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, hipertensão, diabetes, transtornos mentais e tabagismo”, explica a nota da secretaria.

Mas a iniciativa ainda não atinge todos os professores da rede. Atualmente, o projeto funciona em 13 diretorias de ensino e em 1.072 escolas estaduais da Capital, beneficiando 69 mil servidores.

“O programa deverá ser expandido, gradativamente, para unidades da Grande São Paulo, do interior e do litoral do Estado. Aproximadamente 47 mil servidores foram contemplados pelo programa no primeiro semestre deste ano”.

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