APEOESP - Logotipo
Sindicato dos Professores

FILIADO À CNTE E CUT

Banner de acesso ao Diário Oficial

NOTÍCIAS

Voltar

Qua, 07 de Janeiro 2015 - 22:20

Professores prevêem ano de mobilização por melhoras na educação pública paulista

Presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha aponta quadro de precarização das contratações, falta de recursos básicos nas escolas e anuncia possibilidade de greve

Por: Rede Brasil Atual - 06.01

Por conta das más condições na educação, professores paulistas prometem novo ano de mobilizações

Em entrevista à Rádio Brasil Atual na manhã desta terça-feira (6), a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, a Bebel, afirmou que o ano de 2014 terminou de maneira não muito positiva para o setor. "Não há qualidade de ensino nas escolas públicas paulistas estaduais", resumiu.

A dirigente disse não ser possível qualquer perspectiva otimista com um orçamento que não prevê os recursos necessários para o desenvolvimento da educação no estado e promete mobilização. "A luta está sempre no horizonte. Vamos fazê-la, com certeza".

Outro destaque no último ano, segundo Bebel, foi a pesquisa realizada pela Apeoesp, junto ao instituto Data Popular, que mapeou os principais anseios e problemas da educação paulista. A insegurança no local de trabalho foi apontada pelos professores como a questão mais grave. No levantamento, os estudantes pedem por uma escola mais 'significativa' e os pais almejam por uma formação cidadã para seus filhos.

"A Apeoesp bate nessa tecla, de que a escola que aí está foi importada por d. João VI, que nada mudou. E os pais e alunos também dizem que é preciso mudar o espaço da escola. A escola de hoje é a mesma em que eu estudei e precisa ser transformada", disse, ao afirmar que o modelo atual de escola pública está ultrapassado.

Outra importante questão abordada pelo sindicato em 2014 foi o combate à precarização da contratação do professor na sua forma mais extrema, a chamada 'categoria O'.

"O professor ‘categoria O’ é aquele que não fez ou não passou no concurso. Ele vai cobrir, como eventual, as faltas daqueles que tiraram licença, ou em vagas ociosas pela falta de professores", explica a presidenta da Apeoesp. "A contratação é indigna. Não dá para aceitar. Esse professor assina um contrato temporário de um ano, só que se ele quiser voltar a dar aulas no mesmo regime, no ano que vem, ele não pode. Tem que ficar um ano fora para só então retornar".

Além da precarização da contratação, o sindicato recebe denúncias diárias que dão conta da falta de insumos básicos nas escolas, de papel higiênico a material de escritório. "Passadas as eleições, tiraram o pouco do dinheiro que tinha no caixa das diretorias regionais de ensino. Se não bastasse a falta d’água. Temos um quadro muito difícil. Quero crer que a categoria virá para a rua mesmo, porque não vejo outra saída".

Tal quadro, além das reivindicações salariais, colabora para um prenúncio de greve no ano que se inicia, que, segundo a presidenta, pode ocorrer já a partir de março.

Ouça a entrevista completa da Rádio Brasil Atual:

https://soundcloud.com/redebrasilatual/balanco-e-perspectivas-da-educacao-no-estado-de-sao-paulo

 

Topo

APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - Praça da República, 282 - CEP: 01045-000 - São Paulo SP - Fone: (11) 3350-6000
© Copyright APEOESP 2002/2011