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Seg, 18 de Março 2013 - 18:18

Sindicato faz protesto por melhores condições de trabalho nas escolas

Manifestação em prol da educação aconteceu no centro de São Carlos (SP). Proposta da Apeoesp veio depois da morte de uma professora em Itirapina.

Por: G1 - 16/03

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) fez uma manifestação em prol da educação no Centro de São Carlos (SP), na manhã deste sábado (16), contra a falta de segurança e más condições de trabalho. O protesto lembrou a morte de uma professora esta semana em Itirapina. Para o Sindicato, a morte de Simone Lima revela o nível das condições em que vivem os professores no estado. A secretaria de Educação disse que existe um programa de proteção escolar para a prevenção da violência.

Depois da morte de Simone, que foi esfaqueada dentro da sala dos professores na escola estadual onde lecionava, o sindicato quer ampliar a reflexão sobre a educação como um todo e pedir por melhores condições de trabalho nas escolas públicas.

Panfletos foram distribuídos à população para alertar sobre a quantidade de estudantes dentro da sala de aula. Segundo o conselheiro da Apeoesp Ronaldo Mota, o excesso de alunos dificulta a detecção de desvios de personalidade, problemas de aprendizagem e desvios de comportamento que possam existir.

O Sindicato também é contra a contratação de temporários, como era o caso da docente de Itirapina, uma vez que eles não possuem os mesmos direitos dos que são concursados. Hoje, apenas metade dos professores do estado é contratada por meio de concurso público. “Essa professora, mesmo se tivesse uma família e se tivesse filhos, ela não teria nenhuma indenização na sua forma contratual”, informou Mota.

Aspectos negativos

Para a Apeoesp, a morte da professora aponta pelo menos dois aspectos negativos relacionados às condições de trabalho dos professores nas escolas públicas brasileiras e, mais particularmente, no estado de São Paulo.
O primeiro apontamento é que eles estão numa categoria profissional constituída majoritariamente por mulheres numa sociedade que, apesar de todas as conquistas dos últimos anos, continua tratando a mulher como propriedade do homem que se julga no direito de bater, violentar e até matar sempre que contrariado por uma mulher.

Outro aspecto é a estrutura de trabalho, como ter que lecionar para centenas de alunos em mais de uma escola, com salas superlotadas e com uma jornada de trabalho estafante, o que dificulta o conhecimento dos alunos, impede que o professor consiga diagnosticar possíveis problemas de aprendizagem ou de conduta.

Para a Apeoesp, o estado é responsável pelos problemas das escolas públicas, pois não garante condições mínimas para que elas sejam locais seguros para os alunos, professores e funcionários. Para eles, que não veem nada ser feito para melhorar, o governo deve ser responsabilizado por ocorrências indesejáveis e até mesmo por desgraças como a de Itirapina.

Resolução

A Secretaria de Educação informou que diferente do que é apontado pelo representante da Apeoesp em São Carlos, cumpre a resolução que estabelece, em média, 30 alunos em classes do ensino fundamental, 35 estudantes em salas de ciclo II e 40 em classes de ensino médio. A diretoria de ensino faz o acompanhamento constante para evitar que o número de alunos exceda o recomendado.

Informou ainda que no segundo semestre deste ano será aberto novo concurso para professores e que existe um programa de proteção escolar com uma série de projetos para a prevenção da violência nas escolas estaduais.

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