Seg, 01 de Dezembro 2014 - 15:32
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“Crise hídrica e Educação em São Paulo” foi o tema do seminário que subsede Sudeste-Centro promoveu neste sábado, 29, com a professora-doutora Léa Francesconi, do Departamento de Geografia da FFLCH-USP, com a jornalista Ana Maria Coluccio, e com o professor Roberto Guido, Secretário de Comunicações da APEOESP.
Para a jornalista Ana Maria Coluccio, editora do Jornal SP Zona Sul, o governo do Estado de São Paulo tenta incutir na população a responsabilidade pela crise hídrica, “na medida em que faz sua campanha de comunicação focando a necessidade de redução do consumo de água, quando o maior desperdício é promovido pela própria SABESP, que não faz a manutenção devida e a perda do sistema é absurdamente alta”. Para a jornalista, ainda, a ação do governo do Estado e da SABESP diante da crise pode ser resumida na paródia da fábula do beija-flor: “É o mesmo que dizer para o beija-flor que ele pode apagar o incêndio da floresta, quando o elefante sequer se manifesta sobre a catástrofe em andamento."
Léa Francesconi, por sua vez, traçou a diferença entre seca e escassez. Explicou a professora que "a seca é um fenômeno cíclico, o que não é o problema de São Paulo; o problema é a escassez, resultado das políticas públicas equivocadas desenvolvidas pelo governo do estado". Léa também falou das atuais crises financeiras das universidades públicas – especialmente da USP. O professor Roberto Guido tratou da falência dos serviços públicos, especialmente da Educação Pública paulista.