Seg, 30 de Julho 2012 - 16:38
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Para nós, professores da rede estadual de ensino, a divulgação dos nossos salários não causa nenhum problema. Ao contrário, é bom que a população possa verificar o quanto são baixos, sobretudo considerando-se a importância da nossa profissão para toda a sociedade.
Entretanto, quando se pretende ser transparente, deve-se praticar a transparência de forma integral. Assim, todos os salários, de todos os servidores públicos, inclusive do Governador, Secretários de Estado, funcionários de empresas estatais, devem ser divulgados, incluindo os valores pagos a título de diárias e outros dispêndios relacionados.
Utilizando-se o mesmo critério, no que se refere à compra de materiais, equipamentos e serviços, não basta a divulgação de valores globais. A sociedade tem o direito de saber o que se compra, o que se contrata e de quem se compram e se contratam produtos e serviços.
No caso da educação, os professores e a população querem ver divulgados os valores relativos à compra de apostilas escolares, pois parte delas depois é destruída, causando prejuízos aos cofres públicos, como mostraram recentes reportagens publicadas nos meios de comunicação. Também queremos saber, oficialmente, quanto dinheiro público é gasto na compra de publicações da Editora Abril e outras empresas de comunicação, em regime de exclusividade.
Uma sociedade democrática se assenta no pleno direito à informação e queremos que ela seja praticada no Governo de São Paulo e demais esferas do Estado.
Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP