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Qui, 11 de Abril 2013 - 17:04

VI Enacom discute necessidade de democratização dos meios de comunicação

Durante três dias, dirigentes sindicais e assessores participaram em São Paulo do VI Enacom (Encontro Nacional de Comunicação da CUT.

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Durante três dias, dirigentes sindicais e assessores participaram em São Paulo do VI Enacom (Encontro Nacional de Comunicação da CUT), que encerrou-se na quarta-feira, 10, com a discussão e aprovação de propostas para o Plano Nacional de Comunicações da Central. Além dos debates, ocorreram sete plenárias temáticas sobre a democratização da comunicação, liberdade de expressão, direitos humanos, comunicação pública e o desafio das novas mídias. A APEOESP esteve presente

e reafirmou o caráter estratégico das lutas por mais investimentos na educação e pela democratização dos meios de comunicação, entendendo que ambas devem estar articuladas para a construção de um país desenvolvido e justo.

Para Rosane Bertotti, secretária de Comunicação da CUT, os debates foram ricos e representativos. “A grande participação e representatividade dos ramos e a riqueza dos debates, tanto dos painelistas, quanto dos delegados, foram os pontos principais”, avaliou Rosane. Ela destacou ainda o compromisso que “as CUTs estaduais assumiram de construir a rede de comunicação da Central”.

No primeiro dia de debates, os jornalistas Paulo Moreira Leite – autor do livro A outra história do mensalão:  as contradições de um julgamento político – , Venício Lima e o radialista João Brant discutiram o tema Democratização da comunicação e liberdade de expressão. O secretário de comunicação do Diretório Nacional do PT, Paulo Frateschi, também participou. Os debatedores destacaram a necessidade de se mobilizar a sociedade para pressionar a aprovação de um marco regulatório para os meios de comunicação como forma de garantir a liberdade de expressão no País e, consequentemente, a consolidação da democracia. “A liberdade de expressão está nas mãos de poucas pessoas no Brasil, os proprietários dos meios de comunicação. Infelizmente os meios de comunicação não têm comportamento plural”, opinou Moreira Leite.

Foto: Roberto Parizotti

Legenda: Paulo Frateschi, Venício Lima, Rosane, Paulo Moreira Leite e João Brant debatem a democratização dos meios de comunicação.

Atentado à democracia

Presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas criticou fortemente a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucas famílias. “Além de sucessivos atos de criminalização aos movimentos sociais, nos é negado o direito à comunicação, um atentado à democracia”. Vagner participou, ao lado do jornalista Luiz Carlos Azenha, do painel Mídia e democracia: a relação com os movimento sociais. Editor do blog Vi o Mundo, Azenha foi condenado em primeira instância a pagar R$ 30 mil ao diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel. O jornalista comparou este tipo de comportamento à censura dos tempos da ditadura. “A informação se tornou um sub-produto da comunicação. As colunas sindicais sumiram dos jornais, movimentos sociais são criminalizados, o estado cada vez mais policial. Pensamento único, consumidor pacífico”, afirmou Azenha.

O sociólogo Sérgio Amadeu, o jornalista Rodrigo Vianna e a educadora e blogueira Maria da Conceição Oliveira (Maria Frô) debateram o tema Liberdade de Expressão na rede. Em seguida, o fotógrafo João Roberto Ripper apresentou o painel Fotografia a serviço dos direitos humanos.

No segundo dia dos trabalhos, o sociólogo, jornalista e professor Laurindo Lalo Leal Filho, a presidenta do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação, Ana Luiza Fleck e José Sóter, da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, falaram sobre O papel da comunicação pública. Construir novas formas de comunicação e regular a mídia no Brasil. Esta foi a tônica da mesa O desafio de construir novas mídias, que teve como debatedores Renato Rovai, editor da Revista Fórum, Nilton Viana, do Brasil de Fato, Paulo Salvador, da revista Brasil Atual, e João Pacheco e Flávia Silva, da TVT (TV dos Trabalhadores).

Emenda popular

Durante os trabalhos, Rosane Bertotti, que também coordena o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), anunciou que entidades progressistas estão preparando a campanha “Para expressar a liberdade – uma nova lei para um novo tempo”, que pretende colher 1,3 milhão de assinaturas para um projeto de emenda popular que estabeleça regras para a produção e distribuição de informação – o marco regulatório. De acordo com ela, o desafio da CUT Nacional é colher 500 mil assinaturas. A campanha deve ser lançada no Dia do Trabalhador, em 1º de maio.

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