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Qui, 05 de Dezembro 2019 - 17:27

Agressões contra professores crescem na rede estadual de Sorocaba, aponta Secretaria de Educação

João Fernandes, TV TEM - 04.12

 
Em 2018, foram registrados três casos de agressão na cidade. Já em 2019, foram 16 denúncias até agosto. Dirigente Regional de Ensino nega que números representam a realidade.
 
O número de registros de agressões contra professores da rede estadual de Sorocaba (SP) aumentou cinco vezes em relação ao ano de 2018, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Educação.
 
No ano passado foram registrados três casos de agressão na cidade. Já em 2019, até o mês de agosto foram 16 denúncias.
 
Uma professora que dá aula há 33 anos em Sorocaba e prefere não se identificar conta que precisou ser afastada do trabalho por conta das ameaças.
 
"A gente dorme já pensando no que vai enfrentar no dia seguinte. Que tipo de ofensa você vai receber, o que vai acontecer. É uma incerteza muito grande. É muito difícil", conta.
 
Em entrevista à TV TEM, a docente relembrou as primeiras agressões. Em um dos casos, ela foi xingada por um aluno que não aceitou interromper uma partida de baralho durante a aula. No outro, foi ameaçada por três alunas que se recusaram a largar os celulares.
 
"Essas meninas queriam ficar deitadas na carteira com o celular. Na hora, uma delas chamou a mãe e falou que eu tinha ameaçado as três. Então, elas me ameaçaram, falaram que professor 'tinha que apanhar na rua' e também que 'professor apanha e depois não sabe o por quê'", diz.
 
Apesar disso, o dirigente regional de ensino em Sorocaba contesta os números registrados na cidade divulgados pela Secretaria da Educação.
 
"É muito difícil analisar o crescimento da violência, pois os registros mostram, mas nós não conseguimos ter essa mesma percepção aqui via processos e via reclamações oficiais", explica Marco Aurélio Bugni.
 
Já para a professora que foi vítima de violência, os números, na verdade, são maiores do que os mostrados pela pesquisa.
 
"Na escola, o professor já é orientado a não seguir com o boletim de ocorrência. E, mesmo depois que você faz o B.O., ele não é registrado. Então, o que aparece não é a realidade", diz.
 
O dirigente regional de ensino discorda. "Não é isso, muito pelo contrário. Nós queremos saber o que acontece para resolvermos os problemas. Jamais vamos querer maquiar alguma coisa, não receber. Porque aí o problema vai ficar cada vez mais submerso, mais insolúvel", afirma.
 
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