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Qua, 23 de Maio 2018 - 20:54

Professora chora ao lembrar da ameaça de aluno na sala de aula em Ribeirão Preto: 'Achou que podia me bater'

Por Jornal da EPTV 1ª Edição

 
 
Mulher registrou boletim de ocorrência e diz ter sido ameaçada de morte por estudante de 15 anos. Diretoria Regional de Ensino diz que medidas pedagógicas cabíveis foram adotadas.
 
Uma professora registrou um boletim de ocorrência após ser ameaçada por um estudante de 15 anos na escola estadual Otoniel Mota, em Ribeirão Preto (SP). Segundo a vítima, que prefere não se identificar, o jovem teria se revoltado ao ser repreendido por outra professora, por que fazia as unhas dentro da sala de aula.
 
A mulher afirma que o aluno tentou agredi-la fisicamente, mas foi contido por outros colegas. Abalada, ela pediu afastamento do cargo e diz que não pretende voltar à escola.
 
“Eu não consigo nem achar palavras, mas eu me sinto péssima. Eu estava trabalhando, e ele fazendo as unhas. Ele achou que podia me bater. Ele não respeita, ele não conhece essa palavra”, diz a professora, às lágrimas.
 
Em nota, a Diretoria Regional de Ensino informou que os pais do adolescente foram convocados para uma reunião e que adotou as medidas pedagógicas cabíveis.
 
Violência
A agressão foi registrada nesta quarta-feira (8). Segundo a professora, o estudante fazia as unhas na sala de aula da namorada e foi repreendido pela profissional responsável pela turma. Segundo ela, o jovem se revoltou com a ordem para se dirigir à classe dele e passou a xingar as funcionárias e a chutar carteiras e mesas.
 
“A professora não permitiu, ele se revoltou. Segundo ele, estava terminando de passar a base. Para mostrar força, liderança, ele veio para cima de mim, para me agredir fisicamente. Percebi que eu ia apanhar, recuei, fui para trás. Ele estufou o peito e veio para cima de mim”, lembra a professora.
 
De acordo com a mulher, o jovem foi contido pelos colegas, mas um clima de tensão tomou conta da escola. O estudante foi conduzido à diretoria, mas teria voltado à sala de aula, sem autorização, e ameaçado a professora. 
 
“Eu continuava trabalhando, com o giz na mão. Não posso atrapalhar o meu trabalho e quem está ali para estudar. Ele me jurou de morte.”
 
Segundo a Diretoria Regional, a Ronda Escolar foi acionada para registrar a ocorrência. Os pais do estudante também foram chamados para uma reunião. A professora afirma que ele falta às aulas com regularidade e que não desenvolve as atividades solicitadas.
 
Com medo, ela diz que não pretende voltar a lecionar na escola Otoniel Mota. “Eu tenho 29 anos de sala de aula, estou no final da minha carreira, nunca fui agredida, foi a primeira vez. Verbalmente, sou agredida constantemente, mas não nessa proporção. Só de pensar que eu tenho que voltar, já tive enjoo, dor de cabeça. Isso tudo é proveniente do meu estresse.”
 
A Diretoria Regional lamentou o caso e informou que todas as medidas foram tomadas. Também informou que a escola possui professor mediador, profissional capacitado para lidar com situações de conflito.
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