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Sex, 05 de Abril 2019 - 17:07

Reunião discute soluções para melhorar segurança na Escola Raul Brasil em Suzano

Mirielly de Castro - Diário TV 1ª Edição - 04.04

 
 
Polícia e comunidade escolar se encontraram para tratar sobre o tema depois de massacre que deixou 10 mortos e 11 feridos.
 
Representantes da Polícia Civil, do governo do Estado, Diretoria de Ensino, pais, alunos e a direção da Escola Raul Brasil se reuniram em Suzano para discutir segurança. O encontro foi no pátio da escola e durou quase 3 horas na noite de quarta-feira (3).
 
Quase um mês depois do massacre, os alunos ainda estão assustados. No dia 13 de março, um massacre matou sete alunos e funcionários do colégio e deixou 11 feridos.
 
"Na hora que eu vi a escola eu lembrei. E toda hora que eu venho, eu lembro. Eu vi e toda vez que vou lá eu penso que pode acontecer novamente", afirmou Pedro Mendes de 13 anos, que é aluno do Centro de Línguas.
 
Pedro Mendes de Souza Filho acompanhou o neto e não gostou do que viu na escola. "Eu acho tudo muito vulnerável. Eu tinha uma visão que seria mais segura."
 
Os pais que participaram da reunião não gostaram do resultado do encontro. "Não deram exemplo, só falaram que vão reforçar a segurança. Não falaram se vai ser empresa privada ou segurança pública. Que vai ter uma triagem para entrada na escola. Mas não deram prazo", afirmou Leandro Barbosa, que tem um filho que estuda na unidade.
 
Andréia Pena é mãe de uma aluna da Raul Brasil e também foi conhecer as propostas. "Explicaram que existe a ideia de melhorar a segurança da escola, arrumar o portão e não que será de imediato, mas existe essa ideia. Achei que estão empenhados e espero que façam."
 
Outra preocupação dela é o retorno ao conteúdo acadêmico. "Eu acho que está na hora de voltar às aulas. Já passou e o pessoal entendeu. Isso me preocupa. Não tem professor, não está tendo aula."
 
A falta de estrutura relacionada ao atendimento psicológico também preocupa. "Segundo eles, os psicólogos estão vindo todos os dias. Mas os alunos dizem que não, que só vieram duas vezes. Eu não precisei e nem meu filho. Então não procurei. Mas os outros alunos falam isso", afirmou Jonise Fernandes, mãe de um aluno da unidade.
 
O delegado Seccional de Mogi das Cruzes, Jair Barbosa Ortiz, destacou que a Polícia Civil, a Polícia Militar e Guarda Civil Municipal (GCM) estão em conjunto procurando soluções para oferecer mais segurança.
 
"A partir de agora vamos ampliar o nosso monitoramento nas redes sociais. Fatos como este não teriam acontecido ou haveria possibilidade de minimizá-los acompanhando redes sociais. E pedimos às famílias que auxiliem a polícia e o Estado, na medida que fatos como esses podem ser observados pelos pais antes do acontecimento."
 
A Polícia Civil informou ainda, que já tem novos suspeitos.
 
Na quarta-feira durante o dia, os pais tiveram reuniões na escola, pedindo uma comunicação melhor com a direção. Eles pediram divulgação de informações sobre a volta às aulas, faltas e calendário de provas. A produção do Diário TV pediu e aguarda uma posição da Polícia Militar para saber o motivo de nenhum representante ter participado da reunião.
 
Sobre o atendimento psicológico, a Prefeitura de Suzano informou que é só procurar uma unidade básica de saúde para fazer a triagem. A Secretaria Estadual da Educação informou que a escola conta com a presença constante de psicólogos para atendimento dos alunos e que retorno ao conteúdo regular das disciplinas já aconteceu, respeitando o tempo dos alunos e também buscando atender aqueles que querem as aulas.
 
A secretaria disse ainda que ficará em contato constante com a comissão de pais e mães que foi formada.Os canais de comunicação serão WhatsApp e email.
 
O ataque
Os assassinos de 17 e 25 anos mataram sete pessoas na Escola Estadual Raul Brasil no dia 13 de março. Antes disso, um deles baleou e matou o próprio tio, em uma loja de automóveis. A investigação aponta que, depois que foram encurralados pela polícia, um dos assassinos matou o comparsa e, em seguida, se suicidou.
 
A polícia e o Ministério Público tentam identificar se mais pessoas estão envolvidas no massacre de Suzano. No dia 19 de março, um adolescente de 17 anos foi apreendido por suspeita de ter ajudado a planejar o ataque.
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