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Ter, 04 de Julho 2017 - 15:26

Pesquisador analisa racismo em escolas públicas de Cubatão

Por: Ana Maria Lopes

 
Membro do Coletivo Antirracismo Mílton Santos, da APEOESP, o professor Adenilson Custódio de Oliveira dedicou o seu TCC da Especialização em Política de Promoção da Igualdade Racial à importância da Lei 10.639/2003 e o combate do racismo institucional em escolas públicas de Cubatão. O trabalho foi apresentado na pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo, em 2016.
 
A pesquisa analisa as razões pelas quais o preconceito racial institucional vem se consolidando, vertiginosamente, no contexto escolar. Foram entrevistados para o trabalho professores de duas escolas públicas de Cubatão, município com mais de 70% da população negra e nordestina, realidade que o pesquisador conhece na prática, inclusive através da sua atuação no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Cubatão.
 
Entre outras questões, Oliveira perguntou aos professores sobre os seus conhecimentos da lei que tornou obrigatória a abordagem durante as aulas de conteúdos que tratem da História e Cultura Afro.
 
O pesquisador listou posturas relatadas diante de fatos concretos de preconceito e elaborou um quadro comparando as atitudes desencadeadas pelas disciplinas mencionadas na Lei.
 
Questionados sobre o preconceito, muitos professores esquivaram-se com respostas do tipo “não existe esse negócio de racismo, as pessoas têm oportunidades conforme a sua competência”.
 
Para o pesquisador, trata-se de um reflexo de uma educação eurocêntrica. “Encontrei nesta pesquisa dados que indicam que a educação contribui para a negação da prática do preconceito. Precisamos desconstruir as justificativas discriminatórias no ambiente escolar”, defende.
 
A pesquisa apresenta conteúdos previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais e na própria Lei 10.639, que são recomendados aos educadores e gestores das escolas e políticas públicas para uma educação isenta de preconceitos, que respeite a pluralidade racial e cultural.
 
"Os resultados indicam que há a necessidade de informações e orientações quanto às atitudes e posturas ao aplicar a Lei 10.639/03, no material dos alunos e dos professores, já que os conteúdos que tratam da cultura afro-brasileira encontram-se fragmentados pelo currículo oficial escolar", explica o professor, que concluiu com a sua pesquisa que a escola ainda não foi capaz de incorporar a profundidade da Lei 10.639/2003 ao currículo.
 
SERVIÇO: Contatos com o professor e pesquisador Adenilson Custódio de Oliveira através do e-mail adenilsonoliveira1325@gmail.com
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