APEOESP - Logotipo
Sindicato dos Professores

FILIADO À CNTE E CUT

Banner de acesso ao Diário Oficial

Teses e Dissertação

Voltar

Sex, 18 de Novembro 2011 - 12:45

Publicações e pesquisas da APEOESP estão em doutorado apresentado na Unesp sobre salários dos professores

"Os salários dos professores brasileiros: implicações para o trabalho docente" é o tema do doutorado que a pesquisadora Andreza Barbosa acaba de apresentar no Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara. Para obter o seu título de Doutora em Educação Escolar, Andreza dedicou-se a uma aprofundada pesquisa sobre o trabalho docente, as práticas pedagógicas e a formação do professor. O Jornal da APEOESP, pesquisas e outras publicações do Sindicato foram uma das fontes do trabalho de 210 páginas.

Por: Andreza Barbosa - Pesquisadora e Doutora em Educação Escolar

Publicações e pesquisas da APEOESP estão em doutorado apresentado na Unesp sobre salários dos professores

"Os salários dos professores brasileiros: implicações para o trabalho docente" é o tema do doutorado que a pesquisadora Andreza Barbosa acaba de apresentar no Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara. Para obter o seu título de Doutora em Educação Escolar, Andreza dedicou-se a uma aprofundada pesquisa sobre o trabalho docente, as práticas pedagógicas e a formação do professor. O Jornal da APEOESP, pesquisas e outras publicações do Sindicato foram uma das fontes do trabalho de 210 páginas.

A pesquisadora analisou também o pensamento de economistas e outros especialistas que defendem que os salários recebidos pelos professores brasileiros contribuem para o quadro de precarização e intensificação do trabalho docente, trazendo consequências negativas para o trabalho do professor. Mas também avaliou as pesquisas que afirmam ser nulo ou muito pequeno o impacto dos salários sobre o trabalho docente.

Alguns destes levantamentos foram produzidos por organismos internacionais como o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), por duas organizações sindicais de professores (a APEOESP e a CNTE), pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) e pela União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), além da legislação brasileira pertinente ao estudo e dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008.

"A partir da análise realizada é possível afirmar que os salários dos professores brasileiros podem ser considerados baixos e se configuram como um dos aspectos mais centrais nos processos de precarização e intensificação do trabalho docente, apresentando implicações para a profissão, como a baixa atratividade da docência e a dificuldade de reter os bons professores; implicações para o professor enquanto sujeito, como a pauperização e o sentimento de desânimo e insatisfação com o trabalho que acometem esses profissionais; e implicações que afetam tanto a profissão como o professor, como é o caso da intensa jornada de trabalho assumida para compensar os baixos salários que, por sua vez, contribuem para o aumento da rotatividade e itinerância dos professores nas escolas, para o agravamento dos problemas de saúde, para o absenteísmo docente, para o comprometimento da realização das atividades extraclasse desenvolvidas pelo professor", conclui Andreza Barbosa.

Jornada

Além da histórica reivindicação salarial, a pesquisadora discute temas recentes como a garantia de uma jornada extraclasse remunerada, para assegurar a qualidade das aulas. “Na Resolução nº 2 do Conselho Nacional de Educação (CNE) e da Câmara de Educação Básica (CEB), de 28 de maio de 2009, que fixa as diretrizes para os planos de carreira, há a recomendação de se aumentar o tempo destinado às atividades extraclasse realizadas pelo professor dentro da jornada de trabalho", explica.

O trecho da resolução mantém a orientação do Plano Nacional de Educação à medida que orienta que se assegurem, no mínimo, os percentuais que já vinham sendo destinados para essas finalidades (de 20 a 25%). "As atividades realizadas pelo professor além do ensino, como vimos, extrapolam esse percentual, por isso os sindicatos da categoria, como a CNTE e a APEOESP, defendem que 1/3 da jornada de trabalho do professor seja destinada a atividades extraclasses, como em princípio foi determinado pela lei do Piso", diz Andreza.

A pesquisadora da Unesp debate outra questão recorrente quando o assunto é o trabalho docente, que é o financiamento da Educação. Como a grande maioria dos educadores brasileiros é funcionária dos sistemas públicos de ensino, principalmente dos Estados e Municípios e, como os salários dos profissionais da Educação representam também a maior parte dos gastos com educação, a discussão dos salários dos professores envolve, necessariamente, a discussão sobre o financiamento da educação.

"Além dos professores serem em grande número (a maior parte do funcionalismo público), o fato do poder público ser o maior empregador da categoria no Brasil coloca a questão da remuneração docente intimamente relacionada à receita pública per capita. Isso explica, inclusive, por que há tanta resistência em se admitir que os professores são mal remunerados por alguns setores e também por que é tão difícil resolver esse problema", acredita Andreza Barbosa.

"Os salários dos professores brasileiros: implicações para o trabalho docente" está na biblioteca virtual da Unesp: http://www.fclar.unesp.br/poseduesc/teses/Andreza_Barbosa.pdf.

Contatos com a autora através do e-mail andrezaemarcos@terra.com.br

Topo

APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - Praça da República, 282 - CEP: 01045-000 - São Paulo SP - Fone: (11) 3350-6000
© Copyright APEOESP 2002/2011