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Ter, 09 de Setembro 2014 - 20:55

Resposta ao Governador e ao Secretário da Educação

Por: Diário de S. Paulo ? 09.09

Sempre que se vê confrontado com a realidade das escolas públicas estaduais, o Governo Estadual prefere desqualificar quem critica, em vez de cumprir sua obrigação constitucional, que é a de solucionar os problemas e garantir educação de qualidade à população. É o que tenta agora em relação à reportagem “Os dois lados da mesma educação”, publicada no Diário de S. Paulo em 07/09.

Não aceito ser chamada de mentirosa. A nota publicada pela Secretaria da Educação neste jornal utiliza o eufemismo “faltar com a verdade”, mas nós sabemos o significado das palavras.

Não é possível que o Secretário da Educação e o Governador do Estado desconheçam a realidade da rede de ensino pela qual são responsáveis. É preciso que tenham a coragem de assumir os resultados da pesquisa da APEOESP/Data Popular, que mostram que 50% dos pais e 33% dos alunos consideram que a escola estadual é regular, ruim ou péssima e apontam que 46% dos alunos reconhecem já ter passado de ano sem ter aprendido os conteúdos ensinados.

Faltam condições de trabalho aos professores e de aprendizagem aos alunos; as jornadas de trabalho são estafantes; os currículos inadequados e a violência nas escolas, fartamente noticiada nos meios de comunicação, gera insegurança e adoecimento entre os professores. É necessário que sejam asseguradas a todos os professores as mesmas condições que se pretendem garantir para algumas poucas escolas de tempo integral.

Por outro lado, os reajustes salariais foram resultados da luta dos professores e da APEOESP e, mesmo assim, sequer repuseram nossas perdas. Os professores estaduais precisam de aumento real de salários e uma jornada de trabalho justa, mas o Governo não toca nesses aspectos. Estamos lutando no Supremo Tribunal Federal para que o Governo Estadual cumpra a jornada de trabalho determinada pela lei 11.738/08, ou seja, no mínimo 33% para atividades fora das salas de aula.

Estudo do Dieese/APEOESP mostra que os salários médios dos professores (R$ 2.422,48) são os menores entre 24 categorias profissionais pesquisadas no estado. Para chegar à equiparação com as demais profissões com formação em nível superior, conforme determina a meta 17 do Plano Nacional de Educação, o aumento necessário é de 75,33%, o que mostra o tamanho da defasagem salarial que a SEE quer ignorar.

A postura, portanto, da Secretaria da Educação frente à reportagem do Diário confirma: a educação não é mesmo prioridade para o Governo do Estado de São Paulo.

Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP

Leia aqui a reportagem “Os dois lados da mesma educação”, publicada pelo Diário de São Paulo em 07/09:

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